Frio aumenta a incidência de doenças respiratérias

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Quarta-feira, 24 de julho de 2013, atualizada às 18h50

Frio aumenta a incidência de doenças respiratórias

Manter o corpo hidratado, os locais arejados e evitar aglomerações são algumas dicas dos especialistas

Cintia Charlene
*Colaboração

Com a chegada do inverno e a queda nas temperaturas, as doenças respiratória aumentam, elevando a procura nos consultórios médicos e hospitais. Crianças e idosos são os que mais sofrem durante essa época, e os sintomas são sempre os mesmos: febre, tosse e coriza.

Além dos resfriados e da sinusite, as doenças respiratórias mais comuns do inverno são a gripe, otite, pneumonia, meningite, asma, bronquite e bronquiolite.

No Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente, o coordenador de turno e pediatra Antônio José Magalhães, conta que neste período a procura já é esperada. 'Com as quedas na temperatura, as procuras tendem a ser mais intensas. Fazemos um atendimento secundário, se precisar de um exame de sangue e de raio x providenciamos, e o diagnóstico clínico é realizado. Em situações de casos mais graves, encaminhamos a criança para uma unidade de emergência. Muitos chegam no hospital se sentido cansados, com dificuldade de respirar e o nariz escorrendo, sintomas típicos da doença.'

O gerente de vendas Tiago Gonçalves Satlher, tem um filho de 6 anos, que sofre de bronquite asmática e já se prepara para essa época do ano. 'Neste período ele não faz atividade física, porque se sente muito cansado. Quando a umidade do ar fica baixa, ele sente falta de ar. Quando a crise é maior, o levamos ao médico. Durante sete dias fazemos um tratamento com ele, a base de corticoide e de nebulização. Cheiro forte e poeira são outras coisas das quais o incomoda muito', declara o gerente.

Cuidados

O pediatra alerta que o cartão de vacina da criança precisa estar sempre em dia. 'Antes do período do inverno temos a vacina contra a gripe, então é preciso que os pais levem seus filhos para receberem a dose. Muitas vezes, a doença tem como prevenir.' Opinião compartilhada pelo otorrinolaringologista Evandro Ribeiro. "É importante destacar que além das crianças, a terceira idade também precisa da vacina, que é a melhor forma de prevenção. O vírus H1N1 é muito grave, principalmente porque envolve a parte pulmonar e pode levar a morte," explica.

Cuidados simples como manter os locais arejados, evitar aglomeração de pessoas, manter o corpo hidratado são as formas de evitar que a pessoa gripada passe o vírus para o ambiente. 'É importante que as pessoas mantenham uma alimentação saudável, rica em legumes, verduras e frutas. Sempre digo para evitarem tomar bebidas geladas, ficarem sem agasalho, lavarem sempre as mãos e evitarem o choque térmico. O pediatra também acrescenta: "Outras orientações que sempre dou aos pacientes é que evitem a automedicação, e que procurem sempre um profissional da saúde para fazer um diagnóstico correto.'

A secretária Natália Muzzi, conta que sofre de rinite alérgica e asma, e para conter as crises faz uso de antibióticos. 'Chego a ter, pelo menos, quatro crises por ano. Em Juiz de Fora, devido ao tempo instável não tem como eu me preparar. Por isso faço uso diário, em qualquer tempo, da bombinha para asma e pingo corticoide no nariz. Mas quando o tempo vira, não tem jeito."

*Cintia Charlene é estudante do 7º período de Comunicação Social da UFJF