Vacina de HPV passa a valer para meninas de 9 a 11 anos, a partir de teráa-feira
Vacina de HPV passa a valer para meninas de 9 a 11 anos a partir de terça-feira
A vacina contra o HPV (papilomavírus humano) terá o público-alvo ampliado, com vacinação de meninas de 9 a 11 anos, além de mulheres de 14 a 26 anos que são portadoras de HIV e Aids de Juiz de Fora. O novo público poderá receber as aplicações em qualquer unidade de saúde, a partir desta terça-feira, 3 de março. A meta é que 80% desse faixa seja imunizada, o que representa, em Minas Gerais, 478.679 meninas nessa faixa etária e 1.815 mulheres que convivem com o HIV/Aids.
Para receber a vacina, basta apresentar o cartão de vacinação nos postos de saúde dos bairros, acompanhada de um responsável. As jovens residentes em áreas não cobertas pelas Unidades de Atenção Primária (UAP), podem procurar o 3° andar do PAM Marechal, e para os casos de mulheres com o vírus HIV, as mesmas poderão procurar o Centro de Vigilância em Saúde, localizado na avenida dos Andradas, n° 500. Nas escolas, as datas de vacinação estão sendo agendadas, e as jovens poderão receber a aplicação ao apresentarem autorização dos pais e cartão de vacina.
As meninas de 11 a 14 que ainda não receberam a primeira dose também serão vacinadas nessa etapa. Para as garotas que só receberam a primeira dose, a recomendação é que retornem à unidade de saúde para receber a segunda dose e dar continuidade ao esquema vacinal.
O esquema vacinal contra o HPV é composto por três doses, sendo que a segunda dose deve ser tomada seis meses após a primeira, e a terceira cinco anos após a primeira. Apenas com o esquema vacinal completo é possível garantir a imunização.
A introdução da vacina HPV quadrivalente, que confere proteção contra HPV de baixo e de alto risco, no Sistema Único de Saúde, tem o objetivo de reduzir os índices de câncer de colo uterino, já que a doença tem relação direta com a infecção causada pelo vírus HPV.
Público alvo e reações
A vacina contra o HPV é totalmente segura, só não é recomendada para mulheres que tenham hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos componentes da vacina ou que apresentaram reações graves na primeira dose. Mulheres grávidas também não podem tomar a vacina, mas não há contraindicação para as mulheres que estão amamentando.
A reação comumente esperada após a vacinação contra o HPV é dor local. Em 2014 foram notificados algumas reações em adolescentes como dor de cabeça, tonturas, desmaios, falta de ar, fraquezas nas pernas sem que nenhuma alteração clínica ou laboratorial fosse identificada. Estes eventos estão relacionados à reação de ansiedade pós-vacinação desencadeados por estímulos como medo de injeção, locais quentes ou superlotados, permanência de pé por longo tempo e fadiga. Não têm nenhuma relação direta com os componentes da vacina contra o HPV, sendo observados em outras ocasiões de recebimento de vacinas ou medicamentos injetáveis.
Relação HIV/Aids e HPV
As meninas e mulheres que convivem com HIV e Aids foram incorporadas como público prioritário nessa nova etapa da campanha de vacinação devido a estudos que apontaram que esse público tem cinco vezes mais chances de desenvolver o câncer cervical em comparação com a população em geral. Além disso, elas também estão mais propensas a terem lesões causadas por HPV maiores e em maior número e com maiores chances de reaparecerem após o tratamento.
Para as meninas e mulheres que convivem com o HIV, as três doses da vacina serão ministradas no intervalo de seis meses, sendo a segunda dose dois meses após a primeira, e a terceira seis meses após a primeira.
Com informações da Agência Minas