Cerca de 5 mil assistidos sofrem com falta de bolsas coletoras

Irregularidade na distribuição torna-se um problema em Juiz de Fora e região. SES afirma que terá abastecimento normalizado até o próximo dia 17

Mais de cinco mil pacientes ostomizados de Juiz de Fora e região sofrem com a falta da distribuição regular de bolsas coletoras usada para as necessidade fisiológicas, desde dezembro do ano passado. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), esta semana foi realizada a entrega de uma remessa emergencial, mas que não é suficientes para todos. Conforme o presidente da Associação de Ostomizados de Juiz de Fora e região, Alexandre Campos, o maior problema é a falta de regularidade nas entregas. "Desde 2013, quando o serviço de distribuição foi terceirizado, que estamos com este problema. Recebemos quantidades emergenciais, mas depois demora meses para retornarmos a ter estoque, novamente", explica.

Devido a falta da distribuição, os pacientes estão precisando comprar este produto ou reutilizá-los. Cada caixa, com 10 unidade, custa em torno de R$ 250, sendo que normalmente, o paciente faz a troca de três em três dias. "Eu também sou ostomizado e precisei de reutilizar a bolsa, colando com esparadrapo. Isso é muito arriscado, pois pode causar sérias infecções, mas é complicado retirar do orçamento este valor, por mês", completa Campos.

Conforme nota da assessoria da SES, as bolsas coletoras e adjuvantes para estomas intestinais e urinários, adquiridas pela secretaria para atender à demanda de todas as pessoas ostomizadas de Minas Gerais, já estão no estoque da SES-MG, no Consórcio Saúde Log Minas, em processo de expedição para todas as regionais. A previsão de entrega é até o dia 17 de abril.

No caso específico do Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizada de Juiz de Fora, que funciona no PAM Marechal, já foi entregue uma parte destes produtos, que estão sendo disponibilizados às pessoas ostomizadas, em regime de urgência, para que sejam utilizadas enquanto a sua bolsa específica não está disponível.

A Secretaria de Estado de Saúde fez contato com a Saúde Log Minas a fim de agilizar a entrega do material antes do prazo previsto.

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