Secretaria de Saúde confirma dois casos de Zika V?rus em Minas Gerais

Por

Sexta-feira, 15 de janeiro de 2016, atualizada às 11h40

Secretaria de Saúde confirma dois casos de Zika Vírus em Minas Gerais

Dois casos de Zika Vírus foram confirmados pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais nesta quinta-feira, 14 de janeiro. Um dos casos é de uma gestante, residente no município de Ubá, 111 quilômetros de Juiz de Fora, e o outro de um bebê, nascido no mês de dezembro de 2015 e residente em Curvelo. Com isso, confirma-se a circulação do Zika Vírus no Estado. A secretaria já fez contato com os dois municípios e com as respectivas regionais de saúde para monitoramento das situações, que envolve realização de exames complementares.

Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG, Rodrigo Said, as ações de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, que já estão em execução, intensificam-se a partir desse momento em que é confirmada a transmissão no estado de mais uma doença pelo vetor. "Temos que ter em mente que não se trata de uma ação unilateral, de responsabilidade apenas do poder público. A participação da população é fundamental nesse processo, uma vez que elas podem auxiliar com a mobilização e com as atividades de controle, inclusive estando atenta aos criadouros do vetor em seus domicílios", acrescenta.

Casos

O bebê nascido em Curvelo apresentava 32 cm de perímetro cefálico (crânio), limite definido pelo Ministério da Saúde para triagem e identificação de bebês possíveis portadores de microcefalia. Este procedimento consta no "Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika". No entanto, como ele nasceu com 46 cm de comprimento e 2.915 kg, tamanho considerado pequeno pelos padrões, o crânio de 32 cm de perímetro pode ser considerado proporcional ao corpo da criança. Mais exames estão sendo realizados para confirmar o diagnóstico.

Já a gestante residente em Ubá apresentou sintomas do Zika Vírus no mês de dezembro, como hiperemia conjuntival (olhos vermelhos) sem secreção e sem coceira, artralgia (dores nas articulações), exantema maculo-papular (manchas ou erupções na pele com pontos brancos ou vermelhos), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas. O caso também segue em investigação (para saber se o bebê também apresenta microcefalia) e acompanhamento da gestante.

Situação epidemiológica

Até o momento, 55 casos de microcefalia (associadas ou não ao zica vírus) foram notificados no estado. Desses, 36 foram descartados para associação ao Zika Vírus e 17 permanecem em investigação. Todos os casos seguem o Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, do Ministério da Saúde, esse protocolo recomenda busca ativa de mulheres em idade fértil e com suspeita de gravidez, além da ampliação ao acesso a testes rápidos. O protocolo de atendimento envolve mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas e recém-nascidos com microcefalia. Os dois casos confirmados se encaixam nesse cenário, sendo um deles uma gestante, com confirmação do Zika Vírus, e outro um bebê, também com a confirmação do Zika Vírus.

Já com relação ao Zika Vírus, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais trabalha com 46 casos notificados até o momento. Desses, 8 foram descartados por exames laboratoriais e 38 permanecem em investigação. Os casos estão de acordo com o Protocolo de Implantação de Unidades Sentinelas para Zika Vírus e excluem os casos de recém-nascidos com microcefalia, mães de recém-nascidos com microcefalia e gestantes.


Com informações da Agência Minas