Juiz de Fora confirma mais trás mortes por Covid-19 e total sobe para 128 ?bitos

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Segunda-feira, 10 de agosto de 2020, atualizada às 18h35

Juiz de Fora confirma mais três mortes por Covid-19 e total sobe para 128 óbitos

Da redação

A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) registrou nesta segunda-feira, 10 de agosto, mais três mortes pelo novo coronavírus no município, contabilizando 128 óbitos. O primeiro óbito registrado foi de uma idosa, de 66 anos, que morreu no sábado, 8. Ele tinha doença hepática crônica. No domingo, 9, foram confirmados os óbitos de um homem, 42, que era paciente oncológico, doença neurológica crônica e pneumopatia crônica; a outra idosa, 74, tinha como comorbidades, doença cardiovascular crônica.

Com as atualizações, mais nove casos foram confirmados, totalizando 3.988 pessoas infectadas. Mais 70 novas suspeitas foram registrados, contabilizando 13.893. Todos os dados são referentes a moradores de Juiz de Fora.

Outros dois óbitos estão sendo investigados.

Taxa de ocupação dos leitos em JF

A taxa de ocupação dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) em Juiz de Fora, até segunda-feira, 10 de agosto, é de 66,67%. Já a soma de leitos de UTI públicos e privados têm taxa de ocupação de 67,14%, e a ocupação de leitos de Enfermaria chegou a 54,41%. A média do isolamento social no município, dos últimos sete dias, está em 49.

Ao todo, existem em Juiz de Fora 1.382 leitos de enfermaria Adulto e 279 de UTI Adulto. Até esta segunda, 53 leitos de UTI e 91 de enfermaria estão ocupados. As taxas de ocupação dos leitos de UTI em casa hospital são as seguintes: João Penido (60%), Maternidade Therezinha de Jesus (72,5%), Albert Sabin (82,61%), Hospital Universitário (100%), HPS (53,57%), Santa Casa (61,82%), Monte Sinai (56,52%), Unimed (64,29%), São Vicente de Paulo (66,67%), Fundação Instituto Clínico - João Felício (85%), Ascomcer (40% e Instituto Oncológico (66,67%).

Sétimo boletim da UFJF

Plataforma JF Salvando Todos divulgou novo boletim informativo Covid-19 na última semana. Esta é a sétima edição do documento, com dados atualizados da doença em Juiz de Fora, Minas Gerais e no Brasil. A edição traz também uma seção com dados de Governador Valadares. O boletim destaca que a evolução dos números da pandemia ao longo das últimas duas semanas ainda não sugere que a pandemia esteja sob controle no Brasil, em Minas Gerais e em Juiz de Fora, tomando como base os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS)

Números em um patamar alto em JF e na Zona da Mata

O número de casos continua em crescimento na cidade. No dia 21 de julho, Juiz de Fora tinha 3.107 casos confirmados e registrava 99 vidas perdidas de acordo com dados da Prefeitura de Juiz de Fora. Estes números evoluíram para 3.642 casos confirmados e 119 vidas perdidas no dia 4 de agosto, representando aumentos de 16,7% e 20,2%, respectivamente, no período de 14 dias.

O Número de Reprodução Efetivo (Rt) estimado para Juiz de Fora oscilou entre os dias 21 de julho e 4 de agosto. Neste período, o Rt apresentou um valor máximo de 1,07 no dia 4 de agosto e um valor mínimo no de 0,58 no dia 26 de julho. “De acordo com a OMS, uma das condições para que a pandemia esteja sob controle é de que os valores do Rt sejam menores que 1 persistentemente por pelo menos duas semanas. Esta condição não foi verificada”, destaca Marcel Vieira, um dos pesquisadores envolvidos na produção do documento.

Cenário semelhante é observado na Zona da Mata mineira. Até o dia 4 de agosto, a mesorregião Zona da Mata (definida conforme o IBGE) totalizava 12.730 casos confirmados e 334 vidas perdidas de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Apenas, na 31ª semana epidemiológica, foram confirmados na Zona da Mata 1.435 novos casos e 40 vidas perdidas (aumento de 9% e 8,1%, respectivamente, em relação à semana anterior).

A distribuição dos casos confirmados, por faixas etárias, indica que a maioria (77,9% em Juiz de Fora e 74,7% na Zona da Mata) tem entre 20 e 59 anos de idade, ou seja, pertencem majoritariamente à parte da população que é economicamente ativa. Há um equilíbrio entre os sexos masculino e feminino no que diz respeito ao número de casos e óbitos. Já a análise da distribuição dos óbitos por faixas etárias em Juiz de Fora confirma que a maioria dos pacientes que vieram a falecer, 83,7%, tinha 60 ou mais anos de idade.

Governador Valadares apresenta recorde de registro de vidas perdidas

No dia 21 de julho, GV tinha 3.028 casos confirmados e registrava 70 vidas perdidas de acordo com a SES-MG. Estes números evoluíram para 4.282 casos confirmados e 107 vidas perdidas no dia 4 de agosto, representando aumentos de 41,4% e 52,9%, respectivamente, no período de 14 dias. Na 31ª semana epidemiológica (26 de julho a 1° de agosto), GV teve 515 novos casos confirmados e 37 registros de vidas perdidas, sendo a semana com o maior número de registros de óbitos desde o início da pandemia. No município foram registrados em média 92 novos casos e 3 vidas perdidas por dia nos últimos 7 dias.

Critérios da OMS para o controle de pandemias

A OMS destaca que para que a pandemia esteja controlada em determinada região, é necessária uma redução de pelo menos 50%, de forma contínua, do número semanal de novos casos por um período de três semanas desde o último pico; a redução, por pelo menos três semanas sucessivas, do número de vidas perdidas no município e valores do Número de Reprodução Efetivo (Rt) – número, em média, de casos secundários contaminados por um indivíduo com Covid-19 – menores que 1 persistentemente por pelo menos duas semanas. Além disso, o número de testes positivos para Covid-19 precisa estar abaixo de 5% por 2 semanas; a proporção de testes positivos para quadros gripais devem estar abaixo de 5% por 2 semanas; deve-se ter conhecimento da cadeia de transmissão de pelo menos 80% dos novos casos; número de mortes por pneumonia, em faixas etárias nas quais estava alto, precisa estar em queda.