Compulsão

Por

Ana Stuart 31/10/2007

Compuls?o

Vamos falar da compuls?o que s?o h?bitos resultantes de for?as org?nicas e ps?quicas que est?o, em grande parte, fora do alcance do controle consciente. E n?o ? f?cil entend?-la quando estamos boicotando a n?s mesmos. Lutar contra o outro ? objetivo e at? palp?vel, pois identifico local e causa, mas quando est? dentro de mim mesmo e sei como dominar mas n?o consigo, estou sempre me consumindo! ? terr?vel!

Segundo os neurocientistas existe nas profundezas do c?rebro um n?cleo conhecido como o centro do prazer, que ? o n?cleo accumbens, e esta estrutura nos ajuda a compreender o papel da compuls?o.

E a dopamina ? um neurotransmissor que traz a sensa??o de enorme prazer. Para entendermos melhor este mecanismo observemos que a coca?na e as anfetaminas aumentam em 15 vezes a concentra??o de dopamina no n?cleo accumbens.

Compuls?o alimentar seria uma forma de compensar a aus?ncia da dopamina, donde vem a obesidade.

O indiv?duo com falta de dopamina tende ? depress?o. A compensa??o e busca do prazer leva ? compuls?o, seja por falar, drogas, alimentos, sexo, jogos (virtuais ou n?o), computador, trabalho, exerc?cios f?sicos, cigarro, ?lcool, pelo outro... enfim, tudo em excesso.

N?o vamos sabotar nossa felicidade. Incluir a arte em nossas vidas ajuda a liberar subst?ncias que acalmam, alegram e causam enorme prazer.

Sem contar com situa?es de risco na fam?lia, ou seja, quando um membro adoece, o cuidador se fortalece e passa a ficar compulsivo pela melhora do outro. Observem que quando o adoecido melhora, o cuidador ? que cai doente.

Este fato acontece quando a compuls?o predomina, torna-se o ciclo vicioso e perigoso. A? nos questionamos, como cuidar quando amamos muito e encontrar o equil?brio ao mesmo tempo? Como n?o nos tornarmos co-dependentes? Como n?o ter medo da reca?da do outro e n?o nos viciarmos em viver o sofrimento?

A teoria da insustent?vel leveza do ser nos mostra o qu?o ? dif?cil carregar uma pena, mas como ?- f?cil carregar a pedra.

Vamos nos questionar quanto ?s nossas compuls?es, antes de apontar a do outro, como tamb?m se estamos carregando pedra ou pena!


Ana Stuart
? psic?loga e terapeuta familiar

Sobre quais temas (da ?rea de psicologia) voc? quer ler novos artigos nesta se??o? A psic?loga Ana Stuart aguarda suas sugest?es no e-mail viver_psique@acessa.com.