Suplócio e Penitência
Suplício e Penitência
O auge do suplício - o divisor de águas - foi a partir da passagem de Jesus.
O maior código do direito foi revisto na França, no século XVIII – era o fim do renascimento e o início do Materialismo.
Hoje o sistema judiciário impõe a penitência, por isso a existência das Penitenciárias.
Estas considerações e comparações foram proferidas por Helena Maria Resende numa palestra que achei muito interessante. E a partir daí trouxe o tema para repensarmos juntos, já que o final do ano nos induz a fazer o balanço de nossas ações para com o nosso próximo e o próximo mais próximo que somos nós mesmos.
Quando condenamos alguém - normalmente ocorre com mais intensidade em nossa intimidade - até que ponto submetemos esta pessoa ao suplício, ou até que ponto a penitenciamos?
Normalmente quando se trata de casais, tudo é mais intenso. Como por exemplo, trazendo para nossa atualidade: não falamos com a pessoa, não atendemos o celular, excluímos do MSN e/ou do orkut.
A fuga na relação é uma penitência, já a agressão física é o suplício, ainda tão vivido em nossos dias atuais.
Entre irmãos é muito comum se penitenciarem com o silêncio de anos por não suportarem lidar com o ciúme, a disputa...Na família os mais sedentos de poder submetem os menos agressivos aos seus desejos, os jogos sado-masoquistas tão comuns entre seus membros são verdadeiros suplícios.
Nas relações humanas quem é o mais forte ou o mais sábio?
O fator ciúme é o maior causador de suplícios e penitências.
Já o orgulho é o segundo no ranking.
A culpa nos leva a auto-penitências graves, extensas e causadoras de muitas doenças, que se não detectadas a tempo podem se agravar de forma assustadora chegando ao óbito, através de vícios inclusive.
Neste findar e iniciar de ano não vamos aumentar as tragédias, mas sim repensar no quanto podemos diminuí-las e trabalhar para eliminá-las - começando por nós mesmo é claro!