Desonestidade Emocional
Desonestidade Emocional
E quando não falamos para o outro, nossas verdades mais íntimas e inconfessáveis, costumam passar anos e, com isto permitimos a deterioração da relação.
Em algum momento, nossos sentimentos reais aparecerão e acabaremos com a raiva, a vergonha e a solidão. A interação evoca emoções profundas e poderosas, e não existe fórmula de facilitação, mas sem sombra de dúvidas o caminho mais fácil é sermos absolutamente honestos a respeito do que sentimos.
Somos desonestos emocionais quando nos tornamos medrosos, fracos, tímidos, inseguros, com comportamentos infantis, apiedados de nós mesmos, ficando assim à margem do progresso, cultivando nossos limites enquanto o carro da evolução segue montanha acima.
O tempo é um velho perverso e rápido, não olha para trás, não dá nova chance, não te resgata, é implacável e você está sempre par a par com ele. Então o que seria ser honesto emocional?
Como disse, não existe fórmula, mas existe o trabalho pessoal de alto conhecimento e tomada de consciência dos próprios sentimentos e limites. E neste processo vamos assumindo as nossas verdades para conosco e com aqueles com quem interagimos.
Ser desonesto emocional é deixar passar o tempo, este velho implacável, sem lutar dia a dia com nós mesmos para sair das inverdades, perdendo desta forma a grande chance de nos tornarmos pessoas de verdade, sem manipulações e joguinhos emocionais.
É a única chance de sentir alívio, alto estima, de salvar qualquer tipo de relação, evitar doenças, sejam crônicas e as famosas somatizações físicas.
Mas lembre-se que para sair da desonestidade emocional o processo é muito doloroso, o preço a se pagar é muito alto, mas no final todos crescem, se encontram e florescem!
Ana Stuart é psicóloga e terapeuta familiar