Inconsciente Familiar...
Inconsciente Familiar...
E nossas tendências pulsionais perigosas, as quais tentamos combater "todo" o tempo?
Temos que estar "sempre" canalizando de forma socialmente aprovada e com produtividade, nossas tendências, o que nem sempre vai de encontro à nossa satisfação.
Baseados nessas percepções de Szondi, começamos a perceber que é aí que começam nossas dificuldades para lidar com a vida. Fazemos escolhas profissionais, afetivas, sociais baseadas neste "Inconsciente Familiar" e por aí vamos canalizando nossas tendências ao longo da vida. Mas chega um momento que paramos para pensar o que realmente valeu a pena, se perdemos tempo em questões incompatíveis com nossa satisfação, só para ser "socialmente correto", não me refiro às pulsões perigosas, que prejudicam terceiros e a nós próprios, me refiro à satisfação de se sentir livre, feliz, em paz.
Costumo dizer que temos mania da Teoria da Insustentável Leveza do Ser, que nos leva a ficarmos infelizes e tristes, mas na Zona de Conforto, só carregando pedra emocional, afinal é difissílimo carregar a pena, da leveza. São questionamentos normais, principalmente na doença e nas perdas dolorosas. O que valeu a pena até aqui ?
Lembrando que nunca é tarde para mudanças, desde que não estejam carregadas de pulsões perigosas. Muitas vezes estas pulsões consideradas negativas e perigosas podem ser transformadas em positivas e solidárias. A exemplo disso, vemos os profissionais que ficam o dia todo em um ambiente fechado, se possuem tendências depressivas, transforma-as em pulsões positivas ajudando pessoas, assim como os que cortam a sangue frio para salvar, transformando a tendência Sado-masoquista em pulsão positiva. E, em todas as profissões, se observarmos bem, veremos tendências de pulsões negativas transformadas em positivas. Mas tudo isso possui a canalização "Consciente ou Inconsciente Familiar".
Para sabermos, é só observar nossas vidas e ver o que fizemos dela e principalmente o que ainda podemos fazer....
Ana Stuart é psicóloga e terapeuta familiar