Peixe em sua saúde
Peixe em sua saúde
Os ideogramas chineses, como hieróglifos egípcios, registram há milênios informações sobre esta realidade que os cientistas comprovam hoje com os recursos da Ciência do Terceiro Milênio.
Gastamos energias físicas ou mentais com nossas atividades diárias, e o nosso organismo através do automatismo necessita de repor, de reequilibrar essas energias, e nada melhor que seguir à risca essa informação e saborearmos um bom peixe. Os cientistas informam que comer peixe pelo menos duas vezes por semana, é bom para o coração, e reduz também pela metade o risco de sofrer certo tipo de derrame, não-hemorrágico.
Ficou comprovado através de um novo estudo desenvolvido nos Estados Unidos, feito com cerca de 80 mil mulheres e realizado por cientistas da Harvard School of Public Health, demonstrando que mulheres que consomem peixe cinco ou mais vezes, semanalmente, reduzem para um terço o risco de sofrer um derrame conhecido como enfarte trombótico.
"Eu não fiquei surpresa com a direção apontada por esse estudo, mas sim com a magnitude da descoberta", disse a Dra. Meir Stampfer, do Departamento de Epidemiologia e Nutrição da Universidade de Harvard e co-autora da pesquisa. "Eu não esperava que o efeito de proteção do peixe fosse tão grande."
Stampfer declarou que, mesmo que o estudo tenha sido realizado só com mulheres, o mais provável é que seus resultados se apliquem também aos homens. Os autores do estudo informaram que o fator de redução de risco encontra-se numa gordura do peixe, chamada Ômega-3, que diminui substancialmente a possibilidade de formação de coágulos no sangue.
Os enfartes trombóticos são causados por um fluxo irregular do sangue para o cérebro, em consequência do bloqueio de uma ou mais artérias por coágulos. É importante frisar que o estudo, no entanto, mostra que o consumo de peixe não influi no risco de derrame hemorrágico, que é causado por um rompimento nos vasos sanguíneos.
As hemorragias podem ter origem em uma série de doenças, incluindo as genéticas. "Faz sentido o fato de comer peixe ajudar contra enfartes trombóticos, mas não contra derrames hemorrágicos", disse o Dr. Lawrence Brass, Professor de Neurologia da Yale University Medical School.
Não ficou claro na pesquisa se o consumo de óleo de peixe também ajudaria na redução de riscos de derrames. Estudos anteriores demonstraram que esse produto protege contra algumas formas de doenças cardíacas, do mesmo modo que a própria carne de peixe.
Os autores do estudo disseram que as mulheres investigadas comiam peixe mais de duas vezes por semana eram mais propensas a fazer exercícios físicos, comiam menos carne vermelha e não fumavam. Mas os pesquisadores acrescentaram que essas características foram levadas em conta para efeitos estatísticos.
Comer peixe evita parto prematuro
Os cientistas acreditam que o peixe - alimento rico em Ômega-3 - pode aumentar o peso da criança ao nascer, prolongar a gestação e evitar os nascimentos prematuros. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores compararam as dietas de 8.000 mulheres durante a gravidez para determinar se os frutos do mar influenciavam os partos antes do período normal.
"O baixo consumo de peixe era um forte fator de risco para o parto prematuro e o peso baixo", afirmou Sjurour Frooi Olsen, do Instituto Statens Serum em Copenhague.
No estudo publicado na revista British Medical Journal, os cientistas perguntaram às mulheres sobre a quantidade de peixe que comeram durante a gravidez e se foi em forma de prato quente, salada ou se elas ingeriram suplementos de óleo de peixe.
Eles notaram que entre aquelas que comeram quantidades maiores de peixe houve menos partos prematuros e menos bebês abaixo do peso, comparado com as mulheres que não seguiram a mesma dieta.
Os nascimentos antes do período de nove meses caíram de 7,1 por cento em mulheres que não tinham comido peixe para 1,9 por cento nas gestantes que ingeriam o alimento ao menos uma vez por semana.
Olsen afirmou que as descobertas são similares a estudos anteriores que mostravam uma relação entre o consumo de peixe e a gravidez a termo.
Os óleos de peixe, como o de salmão, arenque e cavala, contêm grandes quantidades de Ômega-3, um tipo de gordura que não é produzida pelo organismo humano. Acredita-se que a substância também ajuda a lutar contra a depressão e a inibir o crescimento de células do câncer de próstata.
Agora, observemos outra informação de pesquisadores brasileiros que através de estudos independentes indicam que habitantes de Belém do Pará têm menos problemas com colesterol e
pressão arterial que a média do país.
Quando o assunto é pressão arterial, os adolescentes de Belém são mais saudáveis que os de outras cidades do Brasil e até dos Estados Unidos e da Europa. Na capital paraense, apenas 3,8% deles sofrem de hipertensão arterial.
Segundo a cardiologista paraense Nádia Jardim Silva, "as médias de pressão alta encontradas entre os adolescentes do país (7%) e os norte-americanos e europeus (entre 10% e 13%) são bem mais elevadas". A constatação faz parte de sua dissertação de mestrado, defendida no Mestrado Interinstitucional (Minter) Unifesp/UFPA - Universidade Federal do Pará.
"O peso das crianças foi o principal fator a influenciar no resultado", afirma Nádia. Ela explica que a maioria das crianças estava com peso ideal para a idade - a obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão. De acordo com ela, o costume de realizar atividades físicas e uma alimentação saudável em Belém determinam o baixo número de obesos. "Criança de Belém não almoça em fast-food", afirma Rui Póvoa, da Cardiologia da Unifesp e orientador do trabalho. "Mas 3,8% de prevalência de hipertensão na infância ainda é preocupante", lembra.
Saiba como escolher o peixe mais fresco
- Odor - Quando é fresco o peixe cheira a maresia.
- Corpo - Deve ser firme e brilhante. Ao deteriorar-se, a carne fica flácida, pelo que pode testá-la pressionando-a com os dedos e, se estes não deixarem marca, significa que o peixe é fresco.
- Olhos - Quando fresco, os olhos devem ser salientes, a córnea transparente e a pupila negra e brilhante. Se os olhos estiverem encovados, a córnea leitosa e a pupila cinzenta indicam que não está em boas condições de consumo.
- Pele - Deve ser brilhante e com as escamas bem agarradas. A cor da pele deve ser viva, homogênea e com alguns reflexos. O muco da camada gelatinosa que cobre a pele deve ser aquoso e transparente.
- Membrana - Trata-se de uma pele interior que cobre a barriga do peixe e que deve aderir completamente à carne. Quando o peixe não está próprio para consumo, esta membrana separa-se da carne.
- Guelras - Devem ser brilhantes, bastante vermelhas e sem muco. Com a perda do frescor, estas ficarão amarelas e com muco.
Limpar e preparar o peixe
1. Corte as barbatanas do peixe com uma tesoura de cozinha.
2. Com um escamador próprio ou uma faca, retire as escamas.
3. Abra a barriga, extraia as vísceras, as guelras e depois lave-o muito bem.
Como conservar e congelar
1. Depois de eliminar as tripas e as escamas, seque-o cuidadosamente.
2. Separe por postas e envolva em película aderente ou papel de alumínio.
3. Identifique o conteúdo de cada embalagem e a data de congelação.
4. Coloque dentro de recipientes de plástico e leve ao congelador.
Calorias do peixe
O valor energético de cada tipo de peixe, por cada 100 g:
- Peixe magro - 85 kcal
- Peixe meio-gordo - 140 kcal
- Peixe-gordo - 210 kcal
Hoje é dia de comer peixe
Mas lembramos também que atualmente ingerimos muitos alimentos de forma inconveniente, é necessário o cuidado e atenção com a maneira de comer o peixe.
Assim, recomendamos evitar o peixe frito, e consumir mais este alimento de forma assada, grelhada, em muqueca ou cozido, porque assim haverá benefícios mais acentuados para a saúde humana.
Quer saber mais? Visite nosso blog onde diariamente postamos dicas de saúde integral. Entre em contato conosco, pois as informações são muitas, mas o espaço do artigo é limitado. Aguardamos seu e-mail.
Encerramos com saudações holísticas!