Plano de saúde terá que arcar com despesas de medicamento

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Quinta-feira, 1 de dezembro de 2011, atualizada às 18h44

Plano de saúde terá que arcar com despesas de medicamento para quimioterapia

Da Redação

A 9ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou decisão que determina a uma operadora de plano de saúde Juiz de Fora a cobertura das despesas com o remédio Avastin 400 mg, indicado no tratamento de quimioterapia de um paciente de 62 anos.

Segundo o processo, o autor, acometido de câncer no intestino, solicitou a empresa a cobertura dos custos com o remédio Avastin 400 mg, recomendado para o tratamento de quimioterapia. A cobertura foi negada pela operadora.

O paciente entrou com um processo na Justiça, no dia 9 de fevereiro de 2010, solicitando que a operadora arcasse com as despesas do medicamento. No dia 10, a juíza Maria Lúcia Cabral Caruzo, da 8ª Vara Cível da cidade, concedeu uma tutela antecipada, determinando que a empresa arcasse com a despesa do medicamento enquanto perdurasse a necessidade do tratamento, aplicando multa de R$ 500 por dia, limitada a R$ 20 mil em caso de descumprimento. O juiz Paulo Tristão Machado Júnior, posteriormente, tornou definitiva a medida em sentença.

O plano de saúde recorreu ao Tribunal de Justiça, alegando que o contrato firmado com o paciente possui cláusula contratual expressa, que prevê a exclusão de cobertura para o custeio de qualquer tipo de tratamento experimental e que a combinação de medicamentos prescrita ao autor não seria reconhecida pela Sociedade Brasileira de Oncologia.

O desembargador José Antônio Braga negou provimento ao recurso, sob o argumento de que todos os procedimentos, exames, terapias e medicamentos necessários ao êxito desse tratamento devem ser disponibilizados ao contratante, sem qualquer restrição, sob pena de se frustrar o objeto de contrato. Os desembargadores Osmando Almeida e Pedro Bernardes concordaram com o relator.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken