Banda Larga Popular pode ser apresentada esta semana

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Banda Larga Popular pode ser apresentada esta semanaGoverno Federal faz últimos estudos do Plano Nacional da Banda Larga. Provedores locais de internet entram na pauta às vésperas da definição

Clecius Campos
Repórter
13/11/2009

O Plano Nacional da Banda Larga (PNBL), que tem como objetivo qualificar a prestação de serviços públicos por meios eletrônicos e ampliar a inclusão digital no país, pode ser apresentado na próxima semana. Essa é a expectativa do Ministério das Comunicações, um dos atores envolvidos na elaboração do projeto, juntamente com os ministérios da Casa Civil, de Assuntos Estratégicos e do Planejamento. Segundo a assessoria de comunicação do órgão, o projeto está em fase de acabamento.

Embora o Ministério teime em não adiantar em que fase está seu estudo para a elaboração do plano, reuniões entre o titular do gabinete governamental, Hélio Costa, representantes das operadoras de telefonia (teles) e de associações de provedores locais de internet começam a traçar a forma como a tecnologia deve ser disponibilizada no país.

A mais recente, ocorrida no último dia 11 de novembro, reuniu membros de associações de provedores de internet e operadores de comunicação de dados de várias partes do país e representou a entrada dos provedores locais de internet nas discussões para elaboração do plano. De acordo com o diretor de assuntos regulatórios da Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Operadores de Comunicação de Dados Multimídia (Abramulti), Manoel Sobrinho, durante a reunião, Costa começou a defender a utilização das redes das teles e de pequenas empresas para a implantação do grande backbone — ligação dos principais pontos de interesse do governo, que consiste na espinha dorsal, o núcleo da rede — que alimentaria a conexão em todo o Brasil.

"As pequenas empresas estão presentes em quase 100% das cidades brasileiras. O número de cidades que não provê internet em banda larga no país é baixíssimo, na ordem de 200 municípios. A ideia, segundo o ministro, é fornecer financiamento via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às pequenas empresas e às teles, a fim de que a rede seja expandida."

Para Sobrinho, o investimento significaria não só acesso à internet em todos os locais do Brasil via rede única, mas também mais oportunidade de concorrência para as pequenas empresas, que perdem para as concessionárias, atuais mantenedoras do backbone disponível. "Com um backbone compartilhado, as pequenas poderão oferecer preços mais baixos, inclusive nas grandes cidades. A concorrência ajuda ainda a privilegiar a qualidade no serviço e na velocidade de conexão."

Backbone nas mãos das teles é criticado

Leia o artigo de Carlos Lopes, publicado no jornal Hora do Povo no dia 14 de outubro de 2009.

Os textos são reservados por Madalena Fernandes

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