Banda larga popular tende a facilitar negócios para lan houses com multisserviços

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Banda larga popular tende a facilitar negócios para lan houses com multisserviçosSerá necessário o cumprimento da proposta inicial de estruturação do Plano Nacional da Banda Larga, para que acesso coletivo e econômico seja beneficiado

Clecius Campos
Subeditor
2/5/2011

A oferta de internet de alta velocidade e a preços populares — principal objetivo do Plano Nacional da Banda Larga (PNBL) do governo federal — tende a facilitar a geração de negócios no ramo das lan houses com multisserviços. A constatação é feita pelo presidente da Associação Brasileira dos Centros de Inclusão Digital (Abcid), Mário Brandão, que considera que as lan houses de terceira geração, conhecidas como centros de inclusão digital, possam sobreviver e conviver com a ampla oferta de conexão.

"A lan house de terceira geração é aquela que oferece EAD [educação a distância], e-Gov [acesso a site com conteúdo governamental governo eletrônico], serviços de gráfica, assistência técnica, vendas de peças, lanchonete, papelaria, e diversos outros negócios agregados. Esse tipo de centro sobrevive e convive tranquilamente com a farta oferta de conexão."

Uma das razões de otimismo, considerado ponto fundamental nesse processo de facilitação, é a aprovação do projeto de lei que regulamenta o funcionamento das lan houses pela Câmara dos Deputados. Em linhas gerais, além de tratar os centros como espaços de especial interesse social e de estimular parcerias público-privadas para o uso dos empreendimentos com finalidade educacional, a proposição torna as lans objetos prioritários para o PNBL. "Nesse caso, elas mesmos poderiam se tornar micro-provedores de acesso, elevando os atuais onze de Juiz de Fora para algo como 120 distribuidores de banda larga. Assim, as lans incorporariam esse serviço de valor agregado e também passariam a se comportar como provedores de acesso tradicionais, via cabo, ou wireless, seguindo a tendência."

No entanto, o governo federal tem adiantado conversas com as operadoras de telefonia (teles) que estariam, além de responsáveis pela espinha dorsal da rede de internet (backbone), comprometidas a oferecer o acesso final, com velocidade de 1 Mbps a R$ 35. Há cerca de dez dias, os ministros da Comunicação, Paulo Bernardo, e da Casa Civil, Antonio Palocci, estiveram reunidos com uma das teles que operam no Brasil, negociando a oferta ao consumidor final, prevendo inclusive a cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadoria e a Prestação de Serviços (ICMS).

Os textos são revisados por Thaísa Hosken