Câmara discute parada dos ?nibus interestaduais

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C?mara discute parada dos ?nibus interestaduais Prefeitura e ANTT alegam que apenas cumprem decreto federal. Vereadores v?o encaminhar pedido para o fim da proibi??o das paradas no centro



Guilherme Ar?as
Rep?rter
18/11/2008

A novela sobre as paradas de ?nibus interestaduais na ?rea urbana de Juiz de Fora ainda n?o tem fim e ganhou mais um cap?tulo na tarde desta ter?a-feira, 18 de novembro. Em audi?ncia p?blica realizada na C?mara Municipal de Juiz de Fora, representantes da Ag?ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ouviram as sugest?es dos vereadores e representantes de usu?rios, empresas de ?nibus e da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).

Os representantes da ANTT dizem que o ?rg?o apenas cumpre o que diz o decreto n? 2.521, de 20 de mar?o de 1998, que regula a parada de ?nibus interestaduais dentro das cidades. Segundo o coordenador t?cnico da unidade Minas Gerais da ANTT, Aur?lio Ferreira Braga, as reclama?es desse tipo devem ser formalizadas e encaminhadas para a unidade nacional do ?rg?o, em Bras?lia.

Durante a audi?ncia os vereadores questionaram o interesse p?blico da medida e consideraram inv?lido o documento da ANTT enviado ? Prefeitura, comunicando a proibi??o das paradas a partir do ?ltimo dia 10 de outubro. Os vereadores alegaram que o documento n?o tem assinatura de respons?vel pela ag?ncia.

O superintendente da Ag?ncia de Gest?o de Transporte e Tr?nsito (Gettran), Dulc?dio de Barros Moreira Sobrinho, afirmou que a Prefeitura pode voltar a permitir as paradas dos ?nibus interestaduais, desde que tenha permiss?o do ?rg?o federal. "A posi??o do prefeito ? neutra. Estamos apenas cumprindo a determina??o da ANTT", defendeu.

A C?mara deve encaminhar uma representa??o ? ANTT, com o pedido de revoga??o do decreto que regula a parada dos ?nibus. De acordo com o Movimento para Defesa de Direitos dos Passageiros dos ?nibus Interestaduais, liderada pelo coordenador-geral do Sindicato dos Professores (Sinpro) e vereador eleito Roberto Cupolillo (foto ao lado), o decreto da ANTT n?o deruba o decreto municipal 8.588, de 6 de julho de 2005, que garante o embarque e desembarque nos pontos urbanos.

"A ANTT n?o cria problemas. S? pede para que a Prefeitura d? um local espec?fico para as paradas", diz Cupolillo.

O vereador Fl?vio Checker (PT), que requereu a audi?ncia, diz que a medida que pro?be a parada dos ?nibus desagrada a todos os usu?rios e boa parte das empresas que fazem o transporte. "A quem interessa essa medida, ent?o?", questiona.

Um representante de uma das empresas de ?nibus que utilizam as avenidas Independ?ncia e Brasil diz que a empresa se sente prejudicada com a medida, j? que a proibi??o gerou um gasto extra para os usu?rios, que tem que se deslocar at? o terminal Miguel Mansur.

O vereador pastor Carlos Bonif?cio (PRB) considerou falta de respeito da Prefeitura acatar a decis?o da ANTT sem antes realizar uma consulta p?blica. O pastor apresentou um abaixo-assinado com mais de 800 assinaturas de moradores de bairros da regi?o oeste, contr?rios ? proibi??o da parada dos ?nibus.

A mesma posi??o foi adotada pelo presidente da Associa??o dos Usu?rios do Transporte Coletivo, Francisco An?sio, que n?o considera as paradas como uma causa dos transtornos ao tr?nsito da cidade. "N?o acredito que penalizando o transporte de massa vamos resolver o problema do fluxo de carros nas avenidas", argumenta.

O presidente do Conselho Municipal das Pessoas com Defici?ncia, Luiz Gonzaga Hallack, ressaltou que, caso as paradas de ?nibus voltem a ser permitidas durante o trajeto, os pontos de ?nibus devem oferecer estrutura acess?vel ?s pessoas com defici?ncia.

Entenda o vai e vem dos ?nibus interestaduais

Informa?es: PJF e C?mara Municipal

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