Em busca de vestágios da Estrada Real em Barbacena

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Em busca de vestígios da Estrada Real em BarbacenaEncontro discutiu a conservação e restauração de marcos do traçado. Pontos criados pelo Instituto Estrada Real estariam em desacordo com a história

Clecius Campos
Repórter
27/9/2010

Um grupo de pesquisadores de Barbacena, Juiz de Fora, São João del-Rei, Santos Dumont e Ouro Preto compartilharam experiência e curiosidade em um encontro realizado em Barbacena, com o objetivo de identificar vestígios do Caminho Novo, roteiro integrante da Estrada Real, que corta a Zona da Mata. As reuniões, ocorridas nos dias 24 e 25 de setembro, foram realizadas em parceria pela Associação Cultural de Apoio ao Arquivo Histórico Municipal Professor Altair José Savassi (Acahmpas) e pelo Centro de Memória Belisário Pena.

De acordo com o presidente da Acahmpas, Francisco Rodrigues de Oliveira, o principal objetivo dos encontros foi discutir a conservação e a restauração de marcos do traçado. "Quisemos iniciar um estudo e a identificação mais minuciosa do que teria sido o verdadeiro Caminho Novo. Os marcos colocados pelo Instituto [Estrada Real], em um bom número, estão fora do lugar, já que, por questões topográficas e de urbanização, alguns dos trechos foram modificados e não há como dizer por onde passaram. Por isso, fizemos o percurso, como a história indica."

Os pesquisadores fizeram uma viagem da cidade de Antônio Carlos até Alfredo Vasconcelos e consideraram cinco marcos originais do caminho desenhado do interior de Minas Gerais ao litoral do Rio de Janeiro pelos exploradores. O primeiro deles, a Fazenda da Borda do Campo (foto acima), fundada em 1703, um dos principais pontos turísticos da cidade de Antônio Carlos. "A partir dela, reconstruímos o percurso, utilizando aquilo que tínhamos: as estradas hoje existentes. Passamos pela Estrada União Indústria, que é uma referência. A Estrada Real passou ali por perto."

Fazenda do Registro em estado crítico

Os textos são revisados por Thaísa Hosken