Conheça um pouco Juiz de Fora

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Conhe?a um pouco Juiz de Fora


A cafeicultura que floresceu ao redor do Santo Ant?nio do Paraibuna transformou a Vila no principal n?cleo urbano da regi?o. Nela, a produ??o das fazendas se concentrava para ser transportada e comercializada na Corte, na cidade do Rio de Janeiro. Al?m de se constituir em local onde se encontravam os variados g?neros de subsist?ncia, possu?a, tamb?m, fun?es sociais e culturais, como ponto de encontro das fam?lias para lazer e divers?o.

Neste per?odo, ainda na d?cada de 1850, iniciou-se a constru??o da Estrada Uni?o e Ind?stria, por iniciativa de Mariano Proc?pio Ferreira Lage. Esta estrada foi constru?da com objetivos de encurtar a viagem entre a Corte e a Prov?ncia de Minas, destinando-se ao transporte do caf?. Neste momento, Juiz de Fora recebeu a primeira leva de imigrantes alem?es.

A produ??o de caf? na Zona da Mata cresceu muito e Minas Gerais se tornou uma grande prov?ncia cafeeira. Em 1875, a cidade de Juiz de Fora era a mais pr?spera entre outras localidades, possuindo a maior quantidade de escravos, sendo seguida por Leopoldina, Mar de Espanha e S?o Paulo do Muria?.

Este per?odo de prosperidade n?o demorou muito a declinar e, j? na segunda d?cada do s?culo XX, a cultura do caf? estava desgastada na Prov?ncia. S? que esta crise n?o afeta muito o dinamismo da cidade de Juiz de Fora, que contava j? com outras atividades, como a ind?stria.

Escravid?o

Em Minas Gerais, a maior utiliza??o dos escravos foi durante o per?odo minerador. O trabalho exigia uma grande quantidade de m?o-de-obra, pois, para um senhor receber uma pequena por??o de terra para extra??o aur?fera, deveria comprovar ter, no m?nimo, 12 escravos. O mart?rio dos escravos durou at? o final deste per?odo, quando a extra??o concentrava-se nas galerias subterr?neas, controlados pelas companhias inglesas.

A escravid?o na Zona da Mata mineira s? se instalou definitivamente atrav?s da expans?o cafeeira. Em 1855, na Vila de Santo Ant?nio do Paraibuna, havia um total de 4 mil escravos para 2.400 homens livres e, em 1872, havia 18.775 escravos para 11.604 livres.

Imprensa

A imprensa de Juiz de Fora era muito ativa. O primeiro impresso, com o nome ?O Imparcial?, data de 1870. O mais importante do per?odo, ?O Pharol?, foi publicado entre 1872 e 1939. Este acompanhou diversos momentos hist?ricos e sempre contribuiu para a forma??o da opini?o p?blica, retratando a atividade cultural da cidade. O dinamismo da imprensa juizforana era t?o intenso que, no s?culo XIX, contou com 55 jornais.

Imigra??o alem?

O governo do Imp?rio, a partir de 1850, passou a incentivar a vinda de imigrantes para o Brasil. Seus principais objetivos eram o povoamento de regi?es vazias, a valoriza??o das terras que seriam ocupadas pelos imigrantes e a produ??o de alimentos que pudessem abastecer as lavouras de caf?.

Em Juiz de Fora, esta pol?tica teve reflexos atrav?s das iniciativas de Mariano Proc?pio Ferreira Lage. Este conseguiu empr?stimos para a introdu??o de colonos alem?es na cidade. Seu objetivo inicial era conseguir m?o-de-obra especializada para a constru??o da estrada Uni?o e Ind?stria. Contratou, em 1853, v?rios t?cnicos, engenheiros, arquitetos e, ap?s 3 anos, 20 art?fices como ferreiros, pintores, latoeiros. O objetivo era criar um n?cleo colonial de alem?es na cidade, conseguindo apoio para contratar 2 mil colonos. Assim, em 1857, chegaram 1.162 imigrantes alem?es, correspondendo a 20% da popula??o total da cidade.

Foram instalados em uma vasta ?rea, correspondendo hoje aos bairros de S?o Pedro, Borboleta e parte do F?brica. Foram distribu?dos em lotes de terras, carregados de produzir g?neros aliment?cios. A col?nia n?o conseguiu se manter por muito tempo. A aus?ncia de mercado para os produtos plantados se associava ? falta de incentivos. Muitas eram as dificuldades com rela??o ? l?ngua, costumes, religi?o e in?cio das primeiras ro?as. Assim, muitos colonos foram abandonando suas terras e se fixando na cidade, somando-se ?queles trabalhadores bra?ais, oper?rios, ligados ? Companhia Uni?o e Ind?stria.

Os alem?es foram aos poucos se integrando ?s atividades urbanas, se tornaram carroceiros, sapateiros, marceneiros, oper?rios, pedreiros etc. Deram origem a v?rias f?bricas de cerveja, num total de oito. Os alem?es, junto a outras pessoas da cidade, criaram costumes, fundi?es e malharias contribuido, assim, para o crescimento industrial da cidade.