Museu Ferrovi?rio
Museu Ferroviário
História e beleza pelos trilhos de Minas
Repórter
15/02/2007
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Criado em 2003, com o objetivo de resgatar a história e os costumes dos tempos áureos do trem pelas Minas Gerais, o Museu Ferroviário de Juiz de Fora é referência para o patrimônio cultural de todo o país.
O acervo é composto por 311 peças, entre locomotivas, placas de tráfego, mobiliário, relógios, louças, miniaturas, instrumentos de trabalho e de comunicação utilizados na ferrovia.
Os itens estão distribuídos em cinco salas temáticas, acompanhados de painéis didáticos que dão vida aos objetos de época.
Já na entrada do prédio em que abrigou a antiga Estação Leopoldina, inaugurada no início do século XX, os visitantes podem se deparar com uma miniatura de locomotiva a vapor. A réplica foi construída pelo colecionador Reinaldo Justo Guimarães e levou vinte anos para chegar à perfeição. E acreditem: ela funciona à carvão!
Ainda nesta sala, os curiosos podem conferir um resumo da história e evolução dos transportes, desde a Revolução Industrial até chegar nas ferrovias brasileiras. Há relíquias, como placas de identificação das locomotivas, faróis e até os apitos originais, do tempo em que a chegada do trem era personalizada por sons. Conforme contam os guias, haviam namorados apaixonados que aguardavam o apito do trem para encontrar suas amadas. Tudo ficava mais fácil, quando se sabia o "barulhinho" de cada veículo.
Para os fãs de ferroramas, duas maquetes ilustram um pouco do trânsito ferroviário na região. Os aficcionados pelo assunto também podem conferir, em primeira mão, uma maquete do projeto da Base de Combustíveis, que está sendo construída em Juiz de Fora.
Se é para reviver a história do trem, sem restrições, nada melhor do que dar um giro pela sala que reproduz a agência da Estação Ferroviária Leopoldina. No local, todo o mobiliário utilizado na época, como uma estante de bilhetes, cabine de vendas e até um telefone, estão intactos, cada um em seu devido lugar.
A sala destaca, ainda, a importância do telégrafo, nos tempos em que a comunicação era restrita e precária. Toda a responsabilidade da estação era confiada ao chefe do gabinete e seus agentes. Estes funcionários eram treinados para operar o telégrafo, realizar as ligações telefônicas, o despacho da mercadoria e a entrada e saída dos trens.
Seguindo mais adiante no nosso passeio, chegamos à sala de material rodante e aspectos tecnológicos. No local, é possível conhecer um pouco sobre as formas de sinalização na ferrovia e como era feita a manutenção dos equipamentos.
A comunicação também tem lugar na sala que agrupa diversos telefones do século XIX e, entre eles, um exemplar portátil, substituído mais tarde pelo telefone sem fio. Outros objetos como sinos, faróis e lamparinas podem ser visto no local.
Do lado oposto do prédio, podemos conferir alguns escritórios, como os dos chefes de estação, além de documentos, placas e um mata-borrão, usado para secar a escrita das canetas tinteiros e agilizar o trabalho dos agentes.
Outro ponto alto do acervo é a réplica de uma cabine de primeira classe. Uma chance imperdível de reviver o glamour da ferrovia. A decoração luxuosa e os assentos confortáveis chamam a atenção do público, mas a grande atração é o lavabo exclusivo da cabine.
Os relógios usados nos trens e antigas estações são uma história a parte. Os objetos ecnacatm pela belza e significado histórico, já que cronometravam o fluxo ferroviário em todo o país. De acordo com os guias, em 1852, passou-se a telegrafar diariamente a hora para as cabines de sinalização, proporcionando, assim, precisão nos horários dos trens e das estações que, desde então, usavam relógios com dois mostradores: um para as horas e outro para os minutos e segundos.
Já que o assunto é trem, o principal personagem de nossa história não poderia ficar de fora. Na área externa do Museu, duas locomotivas a vapor podem ser exploradas, sem censura. É só entrar e se divertir!
Telefone: (32)3690 - 7055