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Promoção de cargo na empresa
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S?lvia Zoche
Rep?rter
29/04/05
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Ele conta que o importante ? se dedicar e se esfor?ar. "Aprendi com algumas
pessoas sobre isso. Eu vim de uma fam?lia modesta. Tenho
que construir algo pra mim o quanto antes. Quando comprei um terreno, alguns
amigos me acharam bobo por n?o ter comprado um carro. Mas eu n?o quero chegar
aos 40 anos e ter que pagar aluguel", comenta. E ele quer continuar sua evolu??o
profissional, por isso garante que vai para outra cidade trabalhar com Meio
Ambiente. "N?o agora e nem em grandes centros. Existe muita cidade de
interior com ind?strias que precisam se adequar ?s normas ambientais", explica.
Como office boy, Davidson fazia seu trabalho de banco na parte
da tarde, e a manh? ficava um pouco ociosa. "Eu n?o gostava de ficar ? toa.
Ent?o, eu lia alguma coisa e ajudava tamb?m um funcion?rio que trabalhou
aqui, o senhor Felipe. Ele era gerente de tecnologia. Ele foi uma pessoa
muito humilde e me ensinava tudo", relembra. Depois de seis meses na empresa, foi indicado para trabalhar no
setor de faturamento. S? largou o cargo de office boy, quando teve que
assumir, tamb?m, a ?rea de cobran?a, onde permaneceu por dois
anos. Para ficar atualizado, fez um curso t?cnico de Seguran?a do Trabalho.
"Como a empresa terceirizava esse servi?o, assim que formei, fui contratado
para cuidar dessa parte tamb?m", diz.
Logo em seguida, come?ou a faculdade de Engenharia Ambiental, ?
noite. "N?o ? f?cil, porque n?o existe um hor?rio certo para sair do
trabalho, para almo?ar... Mas eu quero investir em mim", diz. E a vis?o de
Davidson foi correta. Na ?poca em que come?ou a gradua??o, a empresa teve
que, obrigatoriamente, se ajustar ?s normas de gest?o ambiental. "Pude
ajudar na esta??o de tratamento que n?o existia. Agora, a f?brica est? de
acordo com a ISO 14000".
No fim de 2002, seu amigo de trabalho, Felipe, faleceu. Como Davidson tinha
uma no??o do trabalho, assumiu interinamente e, tr?s meses depois, assumiu o cargo em definitivo. Fez, ent?o, cursos de programa??o, manuten??o, entre outros, para se aperfei?oar. "A
empresa me ajuda nestes cursos. Eles me ap?iam nas decis?es de estudar",
diz.
N?o satisfeito, o rapaz iniciou uma p?s-gradua??o de Engenharia de
Produ??o, que termina no 1? semestre deste ano. Antes, havia feito 12
mat?rias de outra especializa??o em Gest?o Ambiental e Ind?stria. "Na
verdade, s?o 15 mat?rias. Puxei as 12 para completar meu curso de gradua??o
e me sentir mais seguro na ?rea de meio ambiente".
Vis?o de equipe
Antes de mais nada, ele enfatiza que, em cargos de comando, ? preciso ter
"as melhores pessoas trabalhando com voc?". O comunicado de que seria
diretor deixou Paolinelli surpreso, mas, ao mesmo tempo, com sentimento de
que possui potencial e perfil para assumir a nova responsabilidade. "Isso
mostra que meu trabalho ? reconhecido e que o mercado precisa de uma
renova??o, n?o s? de pessoas, mas nos processos, na forma de gest?o",
diz.
Apesar de ser formado em Engenharia Eletr?nica, nunca exerceu a
profiss?o. Como trabalhou em uma grande empresa na ?rea de
Desenvolvimento e Gest?o de Pessoas por quatro anos, ele afirma que
consegue chegar mais rapidamente a solu?es, mesmo n?o sendo t?cnico. "Em um
ano, tornei-me assistente do diretor da empresa. A conviv?ncia com esse
mundo criou uma base forte". Tanto que ele possui a facilidade de
identificar o que existe de melhor em cada funcion?rio. "Consigo ver quem
far? um trabalho melhor na ger?ncia ou em vendas, por exemplo. Quando voc?
atua na ?rea certa, seu trabalho tem um resultado muito superior".
Uma dica de Paolinelli ? ler sempre. "Muita gente l?, mas n?o coloca em
pr?tica. Se voc? fica muito preso somente no trabalho que voc? faz, voc? tem
uma vis?o limitada. ? preciso olhar os fatos da empresa como
se estivesse no morro e ter humildade de ver seus erros, as melhorias e
motivar as pessoas para que as mudan?as possam acontecer. Se voc? n?o
consegue ter uma vis?o do processo com um todo (processos, equipamentos e
pessoas) n?o tem jeito". E ele enfatiza, mais uma vez: "Tenha as melhores
pessoas com voc?".
Para quem est? formando recentemente, Paolinelli diz que ? imprescind?vel
aprender como ? a vida de uma empresa durante dois anos, antes de partir
para uma especializa??o, desde que que a pessoa n?o tenha interesse em
tornar-se um professor ou pesquisador. "Se a inten??o ? crescer, ? melhor
voc? conhecer a empresa em que trabalha, identificar-se com um ramo para
depois fazer a p?s-gradua??o correta. Isso forma uma base de sustenta??o do
crescimento no momento adequado". Paolinelli procura, a cada dois anos, se
especializar em ?reas que sente ser importante para seu trabalho.
Paolinelli ? de Curitiba, trabalhava em outra empresa de ferrovia e aceitou
vir para Juiz de Fora por acreditar na possibilidade de crescimento da
empresa. "Eu n?o vim com a id?ia de ser diretor, mas com o interesse de
desenvolver bem o meu trabalho. Eu acredito neste neg?cio. Acredito que o
transporte ferrovi?rio ainda vai crescer muito. E essa cren?a me d? for?a
para crescer como pessoa, profissional e empresa".
Desenvolvimento de habilidades
Aos 25 anos, trabalha h? cinco na mesma empresa. Ele garante que ? preciso
ter metas para alcan?ar o objetivo. H? dez meses no cargo de
gerente, Antunes vai come?ar uma especializa??o para ampliar sua vis?o de
trabalho. Come?ou como estagi?rio do suporte t?cnico, por um ano e meio, na ?poca em que ainda fazia faculdade. Depois, um ano como t?cnico de
suporte e antes da atual posi??o profissional, foi programador por um ano e
meio.
Um segundo ponto a ser pesquisado ? identificar quais s?o seus talentos e
desenvolv?-los. "Antes, a pessoa esperava a empresa ver um potencial nela e
descobr?-la. Hoje, voc? tem que se mostrar. ? importante o auto-conhecimento,
a conduta, a organiza??o, a disciplina, o comprometimento, os valores e o
papel social", afirma a psic?loga.
Gostar do que faz, buscar a realiza??o pessoal ? fato para conseguir mostrar
um bom trabalho. Mas ainda existem pessoas que trabalham sem motiva??o.
"Muita gente chega dizendo que precisa trabalhar para atender a demanda de
outro, como a m?e que n?o quer o filho de 18 anos em casa, ? toa. Ent?o, ele
diz que procura um emprego, porque a m?e quer".
Algumas empresas, que n?o possuem a estrutura de Recursos Humanos, contratam a orienta??o profissional para seus
funcion?rios, mais conhecidos como colaboradores, para ajud?-los a crescer na
empresa. "? um projeto de uma empresa que quer aproveitar melhor o talento
de seus colaboradores. O endomarketing (a??o de marketing voltada para a
satisfa??o e alian?a do p?blico interno) ? uma arma importante ", explica.
Cresce o funcion?rio e, conseq?entemente, a empresa em que trabalha.