Escolha da profissão
Que profiss?o vou escolher?
Psic?loga diz que 40% dos jovens desistem ou mudam
de curso antes de se formarem
*colabora??o
27/05/2005
A
resposta era sempre a primeira profiss?o que vinha na cabe?a. M?dico,
veterin?ria, engenheiro, professora, secret?ria... n?o importava muito. Mas, e
no momento de escolher de verdade aquilo com que se quer trabalhar? Como ter
certeza de que a decis?o tomada no vestibular foi realmente a certa? Em Juiz de Fora, a maioria dos jovens que entram na universidade tem idade
entre 17 e 19 anos, faixa et?ria em que, segundo a psic?loga Cl?udia
Cristina de Santana (foto acima), a pessoa ainda ? muito imatura e est? em busca de
identidade.
"O jovem de 17, 18 anos ainda n?o conseguiu encontrar sua identidade como
pessoa e tem que, na hora do vestibular, escolher sua identidade
profissional. A?, as coisas se chocam, eles ficam perdidos e n?o sabem o que
fazer", explica Cl?udia.
Segundo a psic?loga, em m?dia 40% dos universit?rios desistem ou mudam de curso antes de se formarem.
"Escolhi
veterin?ria porque, quando eu era crian?a, t?nhamos muitos animais em casa e
isso me agradava. Eu e meus amigos at? faz?amos cole??o de bichos. A gente
tinha cobras, escorpi?es e outros animais, tudo dentro de potes de
vidro", lembra.
"Mas, quando entrei na faculdade, percebi que n?o era aquilo que eu queria
fazer pelo resto da vida. Durante o curso os alunos estudam todos os
animais, mas de forma superficial, para que depois possam escolher com que
esp?cie querem trabalhar e isso me desmotivou. J? tinha feito dois anos e
meio de veterin?ria e ent?o decidi parar com o curso e tentar vestibular de
novo", conta.
A nova escolha de Werneck foi Odontologia. Ele come?ou o curso em mar?o de 2005, na
UFJF. "Acho que agora fiz a escolha certa. Odonto tem mais a ver comigo, com
o meu jeito. Sou muito detalhista e gosto de lidar com as pessoas,
caracter?sticas muito importantes para um dentista".
Mas, por press?o da fam?lia, que dizia ser a profiss?o de arquiteto mais bem
remunerada e reconhecida no Brasil, L?via escolheu Arquitetura. Durante o
curso, as diferen?as entre os seus pensamentos e os de seus colegas foram
surgindo. "Fazer projetos ? uma coisa legal, mas n?o para o resto da vida e
meus colegas n?o concordavam comigo", conta.
As coisas come?aram a mudar quando, ao conseguir uma bolsa de estudos na
UFJF, L?via teve a oportunidade de desenvolver um dos seus primeiros
trabalhos gr?ficos e, a partir de ent?o, n?o parou mais. Todos os outros
est?gios que fez eram voltados para a ?rea de designer.
Mesmo com a vontade de deixar a faculdade de arquitetura sempre a
perseguindo, L?via foi persistente e apenas cursava algumas disciplinas de Artes. Apesar do diploma de arquiteta, L?via nunca trabalhou nesta profiss?o e
atualmente ? designer do ACESSA.com.
Com 17 anos e j? na faculdade, M?nica foi percebendo que n?o tinha feito a
escolha certa e, no terceiro per?odo, chegou a abandonar o curso. Mas, por
causa dos colegas de sala, voltou a estudar medicina.
Apesar de n?o querer ser m?dica pelo resto da vida, a futura professora de
portugu?s se dedicava aos estudos e sempre fazia est?gios. "Aproveitei ao
m?ximo o que o curso podia oferecer", conta.
M?nica, al?m de fazer faculdade, dava aulas de ingl?s e, quando come?ou a
fazer os plant?es obrigat?rios nos hospitais, p?de ter a certeza de que sua
voca??o era dar aulas e n?o ser m?dica. Ela formou-se em Medicina em janeiro de
1999 e em 2000 ingressou na faculdade de Letras, na UFJF.
"Fui fazer Letras pensando em continuar sendo professora de ingl?s, mas na
faculdade conheci a ling??stica e me apaixonei. Hoje, fa?o mestrado e j?
penso em doutorado nessa ?rea", conta M?nica.
"A orienta??o norteia os vestibulandos, delimita
as possibilidades de escolha de acordo com a personalidade e os interesses
de cada um", diz.
A orienta??o vocacional mescla testes quantitativos e terapia. O psic?logo
atende o jovem tr?s ou quatro vezes e depois aplica o teste. Essas sess?es
fazem com que o profissional conhe?a mais o paciente e possa orient?-lo n?o
apenas de acordo com os resultados do teste, mas tamb?m segundo a sua
personalidade. "? por isso que h? diferen?a entre um teste vocacional que v?m
em uma dessas revistas para vestibulandos e a orienta??o feita por um
psic?logo", explica Raquel.
"Se o resultado dos testes aplicados na orienta??o n?o for aquele que o jovem
espera, ele tem a possibilidade de discutir isso com psic?logo e entender o
porqu?. O profissional de psicologia pode fazer isso, porque conhece o
paciente, sua personalidade e individualidade. ? diferente de uma revista",
completa.
*Rita Couto ? estudante do terceiro per?odo de Comunica??o Social da
UFJF
N?o era bem o que eu queria...
"Quando escolhi o
curso, minha m?e disse que estar?amos perdendo uma ?tima professora",
relata.
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