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Margarida Salom?o comenta declara?es do atual reitor A professora e ex-reitora Professora Margarida Salom?o diz que n?o h? d?ficit e diz que "quando falta recurso, tem que sobrar id?ia"
S?lvia Zoche
Rep?rter
20/09/2006
"Quero dizer claramente que n?o tenho prop?sito nenhum de polemizar. Estou, inclusive, saindo do Brasil, vou me dedicar ? vida acad?mica. Estou aqui em um evento acad?mico, discutindo com meus colegas pesquisadores. Agora, como surgiu essa quest?o eu, at? em termos de contribui??o com a gest?o e com a pr?pria Universidade, eu acho que necess?rio prestar esclarecimentos".
Margarida Salom?o ? enf?tica ao dizer que "n?o h? d?ficit nenhum". Declarou tamb?m que os gastos em torno de R$ 19 milh?es at? agosto e o capital "para chegar at? o fim do ano na ordem de R$ 8 milh?es de reais" est?o corretos. Por?m, diz que a hip?tese da Universidade ter gasto neste semestre com a mesma velocidade que nos oito primeiros meses do ano ? um "cen?rio improv?vel", assim como o "d?ficit virtual", segundo ela, de R$ 2 milh?es e 500 mil.
Na verdade, n?s estamos tendo tr?s per?odos em um"
, diz. Por ser um ano eleitoral, Margarida comenta que gastos com
obras s?o improv?veis. "Estamos em ?poca de mudan?a pol?tica. A velocidade
na execu??o dos projetos ? substancialmente diminu?da"
.
Para a Universidade funcionar normalmente e pagar suas despesas fixas, Margarida afirma que os cerca de R$ 8 milh?es s?o suficientes para os quatro meses que faltam para fechar o ano. "A Universidade gasta por m?s 1 milh?o e 700 mil com despesas fixas", assegura.
Com rela??o ?s declara?es de Duque sobre os gastos com o Museu de Arte Moderna Murilo Mendes (MAM) e o anel vi?rio, Margarida disse que o MAM foi uma obra inaugurada ano passado e que o anel vi?rio foi uma das obras mais baratas. "A poeira est? baixando agora, a nova gest?o est? tomando conhecimento das necessidades da universidade. N?o ? f?cil mesmo. Eu digo que foram oito anos de sufoco e o sufoco deles est? come?ando", complementa a ex-reitora.
Quanto ?s demiss?es de funcion?rios e cortes em outros gastos
administrativos declaradas pelo reitor e pr?-reitor, Margarida enfatiza que isto ? uma prerrogativa do reitor.
"As provid?ncias que ele vai tomar, ? da al?ada dele e cada gest?o tem sua
carta-programa"
. Ao ser questionada se o corte de funcion?rios tamb?m foi pensada em sua
gest?o, ela responde que n?o pelo crescimento da Universidade nos ?ltimos
anos. "Quando eu entrei tinham 27 cursos de gradua??o. Deixei com 34.
Quando eu entrei, tinham cinco programas de p?s-gradua??o. Hoje tem 25. Se voc?
tem um aumento nas a?es, ? l?gico que voc? precisa de Recursos Humanos para
enfrentar essa situa??o que ? muit?ssimo mais complexa. A Universidade mal
funcionava ? noite. Agora aqui ? uma ferve??o".
"Nem
seria justo esperar de quem est? sentando na cadeira que logo desencadeasse
grandes projetos, grandes a?es. Isso ? absolutamente injusto"
.
Para Margarida, a UFJF precisa lutar politicamente. "Rara foi a semana que eu
n?o estava em Bras?lia. Se voc? chegar no MEC, tem fila de reitores
sentados. ? o problema da falta de autonomia e a gente opera no sufoco"
,
reitera.