Profiss?es

O pretendente a instrutor pode fazer as aulas durante a semana ou s?bado e domingo, de acordo com o curso. O instrutor de tr?nsito, Alexandre Porfirio de Souza (foto abaixo), conseguiu o certificado h? oito meses, depois de 120 horas de aulas, realizadas durante a semana. "Gastei cerca de R$ 1.200, contando o curso, que foi cerca de R$ 580, mais psicot?cnico, exame m?dico e a passagem de ?nibus. N?o gastei mais, porque fiquei na casa de conhecidos", conta.

A escolha de Alexandre pela profiss?o foi por ter trabalhado com vendas - facilidade de lidar com todos os tipo de p?blico -, gostar de dirigir, al?m da facilidade em ensinar e paci?ncia.

A pr?xima etapa ? colocar o certificado embaixo do bra?o e enviar curr?culos para as auto-escolas. Assim fez Alexandre que, como iniciante, passou por um est?gio. "Fiz durante uma semana e estou aqui at? hoje. Nesse tempo, j? percebi que evolu? na forma de ensinar", revela. Para auto-escola contratar os servi?os do novo instrutor, ele precisa enviar documentos (xerox de certificado, carteira de trabalho, CI, CNH, CPF, foto 3x4, averba??o no Estado) para o Detran e pagar uma taxa, atualmente, no valor de R$ 97,05.

O instrutor, Mois?s de Souza Vieira (foto ao lado), trabalha no ramo h? oito anos e come?ou sua carreira em S?o Paulo. "Eu era caminhoneiro e decidi largar. Fiz o curso de instrutor, estudei e passei de primeira. Mas S?o Paulo ? muito complicado de dar aula, porque o tr?nsito ? intenso. Agora estou em Juiz de Fora", diz. Para trabalhar na cidade, ele teve que tirar a carteira de instrutor de Minas Gerais, que deve ser renovada anualmente. "Agora, tenho duas. A de S?o Paulo tem a vantagem de ser definitiva", conta.

A gratifica??o dos instrutores vai al?m do aluno passar no exame de rua. "? bom ver a pessoa que chega aqui sem saber dirigir nada e, depois de um tempo, ela guia o ve?culo sem voc? colocar o p? no freio por ela", comenta Mois?s. A parte mais complicada ? quando pegam alunos que acreditam que sabem dirigir. "Tem gente que ? teimosa e diz que n?o precisa olhar bem os retrovisores, por exmeplo, porque n?o vai fazer isso no dia-a-dia", lembra Alexandre.

No mercado de trabalho, o instrutor de aulas pr?ticas tem duas op?es: usar o ve?culo da auto-escola ou usar o pr?prio, desde que este atenda as normas do C?digo de Tr?nsito Brasileiro, como a pintura.

No caso de dar aulas com o ve?culo da empresa, o instrutor recebe 25% do valor de cada aula. Por exemplo, se a aula custar R$ 20, o instrutor vai receber R$ 5. J? o que usa o pr?prio ve?culo, chamado de agregado, paga os 25% para auto-escola.

"S? que o agregado vai dar aula somente para aluno que chega procurando por ele. Aluno que chega sem op??o, encaminhamos para os instrutores que usam o carro da escola. Agora se o aluno, por qualquer motivo, quiser mudar para o agregado n?o tem problema", explica Maria Luisa Cond? (foto ao lado). A distribui??o dos alunos entre os profissionais ? quest?o de bom senso. "Encaixamos de acordo com o hor?rio do aluno ou com a necessidade do instrutor. ?s vezes, a grade de um dos instrutores n?o est? t?o cheia e damos prefer?ncia pra ele", diz.

O diretor e s?cio-propriet?rio de auto-escola, Te?filo Moreira de Souza (foto ao lado), diz que o sal?rio poderia ser melhor se o mercado de Juiz de Fora n?o fosse fraco. "A aula deveria ser
R$ 23, mas a cidade tem muito estudante. Tem aqueles que chegam aqui dizendo que s? t?m dinheiro pra fazer 15 aulas pr?ticas, e precisam mais do que isso. Para se ter uma id?ia, dos iniciantes, entre 18 e 40 anos, que fazem 15 aulas e prestam o exame de rua, somente 5% passam", analisa.

Agora, o instrutor que gosta de dar aulas te?ricas consegue encontrar emprego mais f?cil que o de aula pr?tica, na opini?o de Luisa. "Temos diversos curr?culos de quem quer dar aula de rua, mas j? temos os nossos. Agora, pra dar aula de legisla??o ? um problema. A maioria n?o gosta e a gente precisa. Uma ?poca, ficamos sem professor aqui", lembra.