Nos ?ltimos tempos, o entendimento de tratamento da respira??o bucal vem
sofrendo modifica?es, tanto nos conceitos, quanto em sua abrang?ncia. Assim
? que a Fisioterapia situa-se na interdisciplinaridade do processo
reabilitat?rio do paciente, porque este n?o ? mais observado como mero
portador de uma afec??o ou seq?ela, mas um universo o qual carece ser
interpretado. Neste contexto, enquadramos o ?Respirador Bucal? como portador de evidente
desequil?brio biomec?nico, da? a necessidade de termos claro as desordens
deste quadro diferenciado, e suas causas. A respira??o bucal ? uma s?ndrome,
cuja caracter?stica maior ? a m? qualidade do ar que chega aos pulm?es, que
fica carregado de impurezas, temperatura e umidifica??o inadequadas.
As causas desta afec??o podem ser didaticamente divididas em obstru??o alta
(desvio de septo nasal e rinite), obstru??o baixa (hipertrofia de am?gdalas
e l?ngua) e h?bitos (sintomas depois de resfriados). Como dist?rbio, temos
uma gama de fatores que altera o reflexo respirat?rio normal e, em
conseq??ncia, o equil?brio da postura ? comprometido pela desarmonia da
cadeia ?steo-muscular. Devido ? insufici?ncia respirat?ria, h? uma tend?ncia
? bradicardia e/ou taquicardia, levando o respirador bucal a manter a boca
aberta e, por isso, a um mau posicionamento da l?ngua, fechamento do palato,
acarretando uma degluti??o e fala at?picas.
Se o "ar" ? sempre insuficiente, o indiv?duo, pela morbidez da respira??o
bucal, apresenta desordens na economia vital. Observamos que h? altera??o
na qualidade do ar inspirado e em conseq??ncia o sistema de equil?brio
corporal ? alterado por modifica?es din?micas, caracterizando o Respirador
Bucal como agressor da ?rvore respirat?ria. Ora, a pobreza e desvincula??o
do ar inspirado define a tipicidade da face do respirador bucal:
- express?o de cansa?o;
- apatia;
- altera?es na tonicidade da musculatura elevadora das p?lpebras e
narinas;
- altera?es da musculatura orbicular dos l?bios;
- m? oclus?o dent?ria;
- profundidade do palato.
A hipotonia (flacidez) da musculatura sustentadora da cabe?a acarreta uma
altera??o da curvatura do pesco?o, protruindo-a, que por sua vez, determina
o fechamento de ombros, e desequil?brio da coluna. Isso pode levar o
paciente, portador de respira??o bucal, ao comprometimento do trabalho
m?sculo-esquel?tico, problemas da fala, geralmente com altera?es
articulat?rias, comprometimentos intelectuais, como desaten??o, e problemas
psicol?gicos.
A reabilita??o dever? ser iniciada o mais cedo poss?vel, tendo-se em conta a
interdisciplinaridade para a obten??o de sucesso terap?utico. Caso haja
comprometimento respirat?rio grave, ? pertinente a interven??o cl?nica pelo
m?dico. A fonoaudiologia interceder?, categoricamente, n?o s? na adequa??o
fonat?ria, como na melhoria da degluti??o, associado ao tratamento
ortop?dico funcional e ortod?ntico, atuando no posicionamento da maxila,
mand?bula, palato, dentes e l?ngua. A fisioterapia atuar? no tratamento cinesioter?pico (movimento) da postura,
visando a adequa??o do funcionamento da musculatura respirat?ria,
notadamente do diafragma, m?sculos esquel?ticos, principalmente os
paravertebrais e peitorais, com o objetivo de corrigir a postura,
reposicionando o centro de gravidade do corpo e restitui??o do equil?brio
biodin?mico. Reiteramos que a respira??o bucal ? uma s?ndrome complexa, que se n?o leva o
paciente ? morte, mas o conduz ? redu??o de sua capacidade vital,
intelectiva e psicol?gica, a qual deve ser abordada em car?ter precoce e
detalhado com o objetivo maior de restituir o bem estar e dinamiza??o da
vida do paciente.
Colabora??o de Angela Maria Correa Ribeiro -
Fisioterapeuta
Cal Coimbra
? psic?loga e fonoaudi?loga especialista em voz
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