E agora? Meu filho entrou na adolescência
Artigo E agora? Meu filho entrou na adolesc?ncia
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A adolesc?ncia pode ser encarada como uma etapa de transi??o crucial no processo de crescimento dos indiv?duos, marcada por transforma?es que se relacionam com os aspectos cognitivos, emocionais e mesmo com os de ordem contextual ou cultural.
A adolesc?ncia dura quase uma d?cada, aproximadamente dos 12 ou 13 anos at? por volta dos 20 anos, mas esse per?odo tem se estendido cada vez mais. Geralmente, considera-se que a adolesc?ncia se inicia na puberdade, o processo que leva ? maturidade sexual, ou fertilidade ? capacidade de reprodu??o (Papalia e Olds, 2000). Al?m disso, observa-se um r?pido crescimento em altura e peso que acarretam mudan?as nas propor?es e forma do corpo.
Segundo as pesquisadoras Dianne Papalia e Saly Olds, adolescentes
tendem a passar a maior parte de seu tempo livre com os amigos com os quais
se identificam e se sentem ? vontade. Eles, ?s vezes, parecem acreditar que
a maioria dos outros adolescentes compartilha de seus valores e que a
maioria dos mais velhos n?o. Na verdade, os valores fundamentais da maioria
dos adolescentes permanecem mais pr?ximos dos valores de seus pais do que
geralmente se imagina. Percebe-se que s?o muitas as mudan?as que ocorrem nesta fase,
exatamente por causa disso ? preciso que os pais atentem para suas pr?prias
quest?es de cunho emocional quando os filhos entram na adolesc?ncia. Porque
para muitos pais as rela?es com o filho adolescente tornam-se t?o
dif?ceis? S?o in?meros os pais que temem a partida do filho adolescente. Encaram cada
uma de suas atitudes e comportamentos que evidenciam sua necessidade de
crescer, como um sinal de dispers?o e de desagrega??o familiar irrepar?vel.
Esta mesma autora refor?a que a adolesc?ncia dos filhos gera um grande
esfor?o na fam?lia para ?poder olhar? os fatos da vida e os fen?menos
pr?prios da natureza humana, que, talvez em nenhuma outra fase do ciclo de
vida estejam t?o evidentes. A adolesc?ncia coloca ? mostra a no??o de
trajet?ria diante da inevitabilidade da morte. Sugere a incapacidade dos
pais em manter um clima de harmonia e paz absolutas, a necessidade de
ocultarem dos filhos seus sentimentos de impot?ncia e fragilidade.
Necessidade de ocultar o que neles mesmos persiste de infantil e sexualmente
conflitivo. Muitos adultos tentam fazer dos adolescentes sua pr?pria continua??o,
tentando realizar neles seus projetos e sonhos, destruindo assim a
oportunidade de v?-los acontecer dentro de sua singular maneira de ser. Espa?os reais para o crescimento do adolescente surgem quando os adultos
acreditam mais nele, na sua qualidade e dignidade. Entretanto, resvalar para
o paternalismo exagerado, tamb?m, ? inadequado e pode esconder, por vezes, a
descren?a na capacidade do outro de conduzir-se por si mesmo. Saito (2001)
enfatiza que educar os adolescentes para o desenvolvimento de a?es
solid?rias e/ou educativas voltadas para a qualidade de vida, significa
envolv?-los no seu pr?prio processo de crescimento pessoal e de mudan?as que
envolvam a comunidade. Denise Mendon?a de Melo
? psic?loga, formada pelo
Centro de Ensino Superior
de Juiz de Fora.
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