Zooterapia
Terapia com animais apresenta bons resultados no Abrigo Santa Helena. A inten??o ? expandir o projeto em outras institui?es
S?lvia Zoche
R?porter
21/02/2006
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A inten??o ? melhorar a sa?de e a sociabilidade dos idosos atrav?s do
contato com animais. "Levamos tamb?m cachorros e gatos de rua, que eu trato
na cl?nica, e com algum tipo de defici?ncia. Assim, eles percebem
que, mesmo com problemas, os bichinhos s?o felizes", diz Rosana.
A assistente social do abrigo, Roberta Ferreira de Souza se
impressionou com uma das senhoras, Clarice Guimar?es (foto abaixo, ?
esquerda). ?Ela ? uma
pessoa muito dif?cil de expressar sentimentos, mesmo com parentes?, diz
Roberta, depois de v?-la rindo e abra?ada a um dos cachorros.
Abra?ar e conversar com os animais foi o que a maioria fez. Muitos pediam pra colocar os bichos no colo e contavam sobre a ?poca que possu?am animais de estima??o em sua casa, como Sebasti?o Alves (foto acima, ? direita).
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Primeiro, a visita foi na ala masculina e depois, na feminina. A psic?loga Magda observa que a rea??o de homens e mulheres ? diferente. "A mulher ? mais ansiosa, tem medo e, aos poucos, perde o receio. Duas delas adoram gatos e pegam no colo como se fossem bonecos. O homem j? ? mais expansivo. Ver a satisfa??o deles ? muito bom", comenta.
Benef?cios
Brinquedos, ra??o e escova de pentear s?o levados para que os idosos possam
interagir mais com os bichos. Alguns deles, j? tiveram animais em casa e
dizem adorar a presen?a deles. "Eles gostam muito. Querem saber quando v?o
voltar e comentam entre eles sobre a visita", diz a assistente social.
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Entre os resultados favor?veis da zooterapia, enumerados pela psic?loga, est?o a melhora do sistema imunol?gico e a capacidade motora; eleva??o da auto-estima; sociabilidade; diminui a ansiedade e a press?o sang??nea; e funciona como um anti-depressivo. Para animar ainda mais o abrigo, j? est? programada a visita de c?es adestrados da Pol?cia Militar.
Escolha dos animais
Os bichos que far?o parte do projeto s?o escolhidos a dedo pelas
veterin?rias. Eles n?o podem ser agressivos, por isso os gatos do projeto
s?o filhotes. "Os adultos s?o ariscos e como os idosos v?o brincar, ele tem
que ser bem manso. J? os c?es, n?o tem problema quanto ? idade", explica
Rosana.
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H? tamb?m um controle r?gido de parasitas ? contra pulgas e carrapatos -, todos s?o vermifugados e vacinados e os que s?o de rua s?o castrados.
Como a maioria dos animais levados s?o abandonados e colocados para doa??o, n?o ? poss?vel dizer se estar?o presentes, na pr?xima visita. Mas o que n?o falta, ? animal abandonado na cl?nica de Rosana. Se por um lado significa que haver? sempre um animal para o projeto, por outro, indica que o abandono de c?es ? freq?ente.
Trabalho volunt?rio
Ele tem sete
meses e sua participa??o foi aprovada, entre outras coisas, por ser
considerado um c?o de agressividade zero. "Interessante ? que Goober ? filho
de um cachorro l? de Bras?lia, o Barney, que faz parte de um projeto de
visita??o a pessoas com Alzheimer", conta Cl?udia. O voluntariado ? uma quest?o importante para as mentoras do trabalho. Mas
Rosana enfatiza a necessidade de perman?ncia na iniciativa. "Tem gente que
vem e vai embora. Eu assumi um compromisso e vou prosseguir". Se mais
pessoas ajudarem, a freq??ncia da zooterapia no abrigo pode aumentar. "As
visitas s?o quinzenais, porque somos poucas pessoas. Para ter um resultado
mais significativo, o ideal seria virmos duas vezes na semana", ressalta
Magda. Cl?udia, que ? pedagoga, diz que tem prazer em cuidar de c?es. "Sou como
Rosana. Vejo algum cachorro abandonado e levo pra casa pra cuidar e depois
ofere?o pra doa??o e acabo me apegando a eles", conta. Maria Fernanda gosta
de participar como volunt?ria em diversos projetos e fica satisfeita ao ver
os resultados. "Na verdade, n?o s? os animais fazem bem aos idosos, mas o
carinho que os idosos d?o ? muito importante para os bichos que foram
abandonados", comenta. A id?ia De in?cio, elas planejam a ida em organiza?es filantr?picas para idosos e
em casas de descanso. Mais tarde, pretendem expandir o trabalho para outras
institui?es de crian?as com necessidades especiais. "J? andei pesquisando
alguns lugares em Juiz de Fora para que possamos difundir o projeto.
Futuramente, vamos procurar os hospitais tamb?m", revela Magda.
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