Representante do Tocantins, Tyra Banks, é eleita Miss Brasil Gay Plus Size
Representante do Tocantins, Tyra Banks, é eleita Miss Brasil Gay Plus Size
Editor e Cristiane Freitas* Colaboração
11/10/2015
Na noite deste domingo, 11 de outubro, a Praça Antônio Carlos, em Juiz de Fora, revelou a representante da beleza gay plus size, em evento inédito na cidade. O Miss Brasil Gay Plus Size, que chegou com o intuito de romper as barreiras do preconceito e mostrar que a beleza vai além dos padrões tradicionais, elegeu a representante do Tocantins, Tyra Banks, para carregar o título. "Estou muito feliz. Não esperava que ia ganhar a faixa. Dei o meu melhor para este concurso e hoje fui recompensada", afirma a paulista, que há 21 anos atua como transformista e há dois anos vem se preparando para o título. A miss já tem experiência em produções de concurso, por acompanhar amigas candidatas em eventos de São Paulo e, até mesmo, em Juiz de Fora.
Muito emocionada em carregar a faixa, a miss não escondeu a gratidão e felicidade em divulgar a beleza gay pelo Brasil. "O concurso tem o poder de quebrar os tabus da sociedade, dando oportunidade para transformistas gordinhas." Sobre o vestido confeccionado para o dia, Tyra explica que o modelito foi inspirado no atual momento da sociedade. "Ele apresenta os símbolos da paz e da liberdade de expressão. O traje é uma produção da estilista Regina Ravache e da Miss Brasil Gay 2006, Laila Kenn."
Além de Tyra, foram eleitas mais duas candidatas: a Miss Fofa Brasil Gay e a Miss Brasil Glamour Gay Plus Size. Durante o concurso, todas as candidatas desfilaram duas vezes na passarela. A primeira entrada foi com um vestido igual para todas, mas com cor diferente. Deste desfile foi eleita a Miss Fofa, que ficou com a representante do Rio de Janeiro, Kitana McNew, escolhida com a soma dos votos dos jurados e das demais candidatas que votaram durante o desfile. Já a Miss Espírito Santo, Aysla Freitas, foi eleita Miss Brasil Glamour Gay Plus Size.
Quem elogiou o evento e reforçou a ideia de mostrar o outro lado da beleza foi a atriz e transformista que se apresentou na noite, Babalu Vendraminy. "Todas as candidatas estão maravilhosas e impecáveis. Ainda existe muito preconceito com a beleza plus size, mas estamos aqui para mostrar que temos bons profissionais e belas candidatas.
O concurso
O concurso surgiu em 2004, com o nome Miss Fofa, e foi criado pelo empresário Orlando Almeida. "Tive a ideia de apresentar à sociedade as belezas que vão além dos padrões tradicionais, então foi criado o concurso plus size. Há dois anos quem assumiu a direção foi o produtor Rodrigo Pereira, que reforça a importância de dar espaço ao público gay nas passarelas. "O concurso acontecia no Rio de Janeiro e foi transferido para Juiz de Fora, onde está a cultura do Gay, onde existe a Lei Rosa, o MGM e o Miss Brasil Gay", explica. Além disso, o produtor ressalta a valorização do gay que "pode ser negro, gordo, e de qualquer religião, na passarela".
À frente do concurso Miss Brasil Gay Plus Size por um ano, a miss 2014, Luna Albuqyerky, diz que o evento fez com que ela ganhasse reconhecimento dentro e fora do universo plus size. "Eu tenho orgulho de ser a primeira Miss Brasil Gay Plus Size".
Ser plus size para ela, não é somente ter um rosto bonito, mas também saber andar em uma passarela e mostrar sua beleza ao público. Luna deixa um recado para as candidatas que participaram e que irão ingressar na passarela nos próximos anos. "Não desista. Vá em busca do seu sonho, por que na busca do sonho a gente consegue nos realizar".
Cristiane Freitas ? estudante de Jornalismo do Centro Universitário Estácio de Sá