Palestras V Rainbow Fest

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Miss Gay 2002 - V Rainbow Fest

Turismo rosa
Profissionais do turismo discutem formas de atendimento ao p?blico homossexual

Ana Let?cia Sales
16/08/02

No terceiro dia de semin?rios do Rainbow Fest foi realizada a palestra Turismo GLS e contou com a presen?a de Regina Cavalcanti, da Embratur, Franco Reinaudo, da ?libi Turismo (SP) e Luciano Oliveira, autor do livro "Turismo para gays e l?sbicas". No evento foram levantadas diversas quest?es relativas ao turismo homossexual, como a melhor forma de atender a esse p?blico, como fideliz?-los e como capacitar os profissionais da ?rea para lidarem com os GLBT.


Um desafio no Brasil
Regina Cavalcanti afirma que a Embratur, por ser um ?rg?o p?blico, ainda n?o tem um planejamento espec?fico para lidar com este seguimento. "N?s estamos montando uma equipe para fazer um estudo espec?fico e montar uma estrat?gia para fidelizar este p?blico", diz. Ela tamb?m explica que existem muito desafios no Brasil, como a falta de infra-estrutura adequada na maioria dos

Regina disse ainda que ? preciso que grupos como o Movimento Gay de Minas (MGM) estejam presentes em outras localidades, participando de feiras, semin?rios e eventos fora de Juiz de Fora.

O turismo GLS que d? certo
Franco Reinaudo ? um dos s?cios da ?libi Turismo, empresa de turismo sediada em S?o Paulo, voltada especificamente para o p?blico gay. Ele concorda que no Brasil ainda faltam profissionais capacitados. "Os empres?rios desta ?rea devem investir no treinamento e na sensibiliza??o dos seus funcion?rios", explica.

O empres?rio mostrou n?meros de pesquisas realizadas no Brasil e no exterior que confirmam a import?ncia do p?blico homossexual. "Segundo pesquisas internacionais, cerca de 12% a 14% da popula??o se identifica como gays ou l?sbicas", diz. Um dos maiores eventos gay do Brasil, a Parada Gay de S?o Paulo recebeu 500 mil pessoas este ano. "O evento est? no sexto ano e movimentou cerca de R$ 52 milh?es na cidade de S?o Paulo", demonstra.

De acordo com uma pesquisa realizada pela UNIP (Universidade Paulista) em 1999, o p?blico gay ? muito heterog?neo. Al?m disso, os dados mostram que os GLBT t?m uma renda maior que a m?dia da popula??o no Brasil, s?o mais informados e gastam mais com lazer e viagens do que com outros itens.

Publicidade para homossexuais
Para o empres?rio Franco o p?blico GLBT ? um mercado delicado que geralmente fica "invis?vel". "Os homossexuais, em sua maioria, n?o se identificam como tal, ent?o fica dif?cil fazer uma publicidade espec?fica", diz. Luciano Oliveira, autor do livro "Turismo para gays e l?sbicas", tamb?m concorda com a afirma??o. "Para muitos, ainda ? dif?cil demonstrar sua op??o sexual pelo medo do preconceitos". Luciano explica que existem poucos ve?culos destinados especificamente para gays, s? algumas revistas. "Mas o maior meio de comunica??o com os homossexuais ? a internet", afirma.

Na empresa de Franco, a internet ? um dos principais meios de trabalho. "N?s fomos uma das primeiras ag?ncias exclusivas para o p?blico GLS com p?gina na internet. A web ? uma grande estrat?gia da nossa empresa, j? que 90% de nossos servi?os s?o realizados atrav?s da internet", explica. A p?gina da ?libi na internet ? www.alibi.com.br.

Detalhes sobre o Miss Brasil Gay 2002