Do Tecnicamente Capaz à Capacidade de Questionar
Confira a coluna de Jungley Torres.
Vivemos em tempos em que a competência técnica é altamente valorizada, e muitos investimentos são direcionados para o desenvolvimento de recursos e habilidades técnicas. No entanto, é fundamental refletir sobre o tipo de sociedade que queremos construir. Mais do que formar uma geração que domine habilidades técnicas, precisamos de indivíduos que saibam questionar, que sejam capazes de repensar nosso país e o mundo. Nesse contexto, é fundamental considerar a criação de oportunidades que vão além do domínio técnico e da habilidade de fornecer respostas prontas. Devemos, sobretudo, promover o desenvolvimento da capacidade de questionar.
A educação tradicional muitas vezes enfatiza a memorização e a reprodução de conhecimentos estabelecidos, mas para avançarmos como sociedade, é fundamental incentivar o pensamento crítico. Precisamos de mentes curiosas que desafiem aquilo é estabelecido, que não aceitem verdades absolutas sem antes examiná-las sob diferentes perspectivas. Assim, formar uma geração questionadora implica em promover uma cultura de indagação. Isso significa ensinar aos jovens a verem além das aparências, a buscarem profundidade e a entenderem que cada resposta traz consigo novas perguntas. Este ciclo de questionamento contínuo é o “motor” de um possível progresso e inovação. Além disso, essa abordagem não só enriquece o campo intelectual, mas também fortalece a democracia. Uma sociedade composta por indivíduos capazes de questionar e refletir criticamente sobre suas próprias realidades está mais apta a participar ativamente da construção de um futuro mais justo e sustentável.
Preparar os jovens tecnicamente é, sem dúvida, crucial em nosso mundo contemporâneo, em que a demanda por habilidades específicas é cada vez mais evidente. No entanto, além dessa preparação técnica, é imperativo reconhecer a importância de proporcionar uma educação que vá além das habilidades técnicas, que os capacite a pensar criticamente sobre o mundo ao seu redor. Essa profundidade vai além da mera manipulação das ferramentas tecnológicas; trata-se de cultivar uma compreensão mais ampla e reflexiva, que permita aos jovens não apenas agirem dentro do mundo, mas também compreendê-lo em sua complexidade. É através desse entendimento mais profundo que eles se tornarão verdadeiros agentes de mudança, capazes não apenas de lidar com os desafios técnicos, mas também de abordar questões sociais, ambientais e éticas de maneira holística e construtiva. Assim, enquanto investimos na formação técnica dos jovens, não podemos perder de vista a necessidade de nutrir sua capacidade de pensar criticamente, questionar e buscar soluções inovadoras para os problemas que enfrentamos como sociedade.
Portanto, ao olhar para o futuro, devemos valorizar não apenas o conhecimento técnico, mas também a capacidade de questionar e de pensar criticamente. Somente assim poderemos formar uma geração verdadeiramente preparada para enfrentar os desafios do nosso tempo e transformar positivamente a nossa realidade.