Coleta Seletiva ainda d? preju?zo

Emilene Campos
15/09/2000

Implantada h? oito anos na cidade, a coleta seletiva ainda d? preju?zo. Apesar do aumento do volume de res?duos coletados, "o dinheiro arrecadado nos leil?es de lixo recicl?vel ainda n?o cobre os custos da manuten??o do sistema", admite o assessor do diretor geral do Demlurb, o engenheiro Alexander Matheus Pontes Gomes.

A diferen?a ? paga com uma parcela da Taxa de Limpeza Urbana, que vem imbutida no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). "O que fica caro ? coletar de porta em porta e, como a maioria das pessoas n?o tem o h?bito de separar o lixo, o volume do recicl?vel ? pequeno", argumenta Alexander. Se misturado ao lixo org?nico, muitos destes materiais perdem o valor ou n?o podem ser reaproveitados.

Como h? necessidade de reverter o processo (at? mesmo para ampliar o sistema que atende hoje 43% da popula??o), o Departamento de Limpeza Urbana quer mobilizar Juiz de Fora. Al?m de campanhas educativas, h? um projeto em andamento que prev? a distribui??o de recipientes pl?sticos para depositar o lixo recicl?vel. Cada casa, onde a coleta seletiva ? realizada, seria contemplada com uma lixeira para colocar o chamado "lixo seco" (papel, latas de alum?nio, pl?stico, papel?o, entre outros). "Esta experi?ncia j? deu certo em algumas regi?es dos Estados Unidos e do Canad?," conta Alexander. Antes de o caminh?o passar, o catador de papel e latas poderia recolher o que fosse de interesse dele.

Alexander acredita que a medida tornaria muito mais pr?tica a sele??o do lixo . "A pessoa s? teria o trabalho de escolher em qual lixeira jogar o material", completa. Ele lembra que, em 1997, quando foram instalados os 31 postos de coleta seletiva nas pra?as da cidade, houve aumento na coleta de lixo recicl?vel. De 1992 a 1996, coletava-se 1,9 tonelada por dia. Com a instala??o dos postos, chegou-se a 12 toneladas. E at? mesmo escolas e empresas come?aram a adotar este padr?o das PCS, para separa??o do lixo.

Caso esse panorama se reverta e o sistema de coleta seletiva seja auto-sustent?vel, outra alternativa para mobilizar a popula??o ? destinar o lucro dos leil?es do lixo ?s institui?es de caridade. Al?m de cuidar do meio ambiente, o juizforano estaria contribuindo com a a??o social, disse Alexander.

O Programa Clube do Lixo, como ? chamado, ainda n?o saiu do papel, mas j? passou pelas m?os de quatro potenciais patrocinadores. A inten??o ? continuar recorrendo ? iniciativa privada, principalmente ?s empresas que investem na preserva??o ambiental, para financiar o projeto. Cada lixeira foi or?ada em R$11.

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