Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
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Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
18/07/2000
Um dos eventos de maior import?ncia cultural para Juiz de Fora ? o
Festival Internacional de M?sica Colonial Brasileira e M?sica Antiga.
Sempre realizado no m?s de julho, este ano, o evento chega a sua d?cima
primeira edi??o, tendo conquistado a importante miss?o de fazer parte do
calend?rio oficial das comemora?es dos 500 anos do Descobrimento do
Brasil. O festival tamb?m rompe fronteiras neste ano 2000, e, pela
primeira vez, est? sendo realizado, al?m de Juiz de Fora, nas cidades de
Tiradentes e Ouro Preto. O objetivo ? promover interc?mbio entre os
festivais mineiros e divulgar a m?sica antiga e colonial brasileira.
Criado pelo Centro Cultural Pr?-M?sica, o festival sempre manteve como
meta a pol?tica cultural da entidade: ampliar o acesso ? boa m?sica e
investir na forma??o de m?sicos. O registro em CD de importantes obras,
algumas vezes esquecidas ou perdidas, ? outro destaque do festival,
respons?vel pelo maior n?mero de grava?es da m?sica colonial brasileira
no pa?s e no exterior.
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O trabalho na ind?stria
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Juiz de Fora j? se caracterizou por possuir um grande n?mero de
f?bricas, sendo o ramo t?xtil o mais significativo no final do s?culo
dezenove. As ind?strias empregavam milhares de oper?rios, sendo que 59%
trabalhavam na produ??o de tecidos. A m?o-de-obra era formada de
imigrantes italianos e portugueses, al?m de descendentes dos colonos
alem?es. Havia ainda ex-escravos, camponeses empobrecidos, mulheres,
crian?as e adolescentes. Toda esta leva de empregados trabalhava entre
10 e 14 horas por dia. N?o tinha estabilidade no emprego, direito a
f?rias ou mesmo qualquer tipo de seguran?a contra acidentes de trabalho.
Os sal?rios eram baixos e n?o seguiam a alta dos pre?os dos alimentos e
dos alugu?is. Para tentar suprir algumas demandas, havia associa?es
beneficentes que distribu?am rem?dios e ainda auxiliavam as fam?lias no
caso de falecimentos. Apesar das condi?es prec?rias, o Poder Municipal,
atrav?s da C?mara de Vereadores e do prefeito, estimulava a instala??o
de ind?strias na cidade, oferecendo isen??o de impostos. Al?m disso,
agia sempre no sentido de favorecer as f?bricas, mantendo a ordem
social, diante de qualquer tipo de revolta dos oper?rios.
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O movimento grevista
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Na ?poca da Primeira Rep?blica, o contexto social era de greve em todo o
pa?s. Juiz de Fora n?o estava muito distante desta realidade. Observando
o burburinho da classe oper?ria, a C?mara Municipal aprovou, em 1912,
uma lei que proibia o trabalho para menores de 14 anos ap?s ?s 5 da
tarde. Neste mesmo ano, uma greve geral, em agosto, durou 14 dias. Os
empregados cobravam redu??o da jornada de trabalho. J? em 1918, ap?s
novas greves em todo o pa?s, propriet?rios de ind?strias locais foram
pegos de surpresa, com o roubo de tr?s mil sacos de a?car de uma
empresa, demonstrando claramente a situa??o de revolta da classe
trabalhadora. A partir da?, associa?es oper?rias come?aram a surgir. Na
divulga??o das id?ias dos trabalhadores, estavam os jornais oper?rios "O
Lince" e "O Prolet?rio". Al?m de criticarem a a??o patronal, eles conduziam
a opini?o dos trabalhadores, denunciando maus tratos de mestres e
constramestres, sobre os oper?rios, que chegavam a ser espancados. Em
1920, eclode uma segunda greve geral, reunindo seis mil oper?rios. Os
resultados das negocia?es, desta vez, foram favor?veis, sendo
estabelecidos acordos para redu??o da jornada de trabalho para oito
horas e aumento salarial.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet
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