Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
20/04/2000
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Footing 2 -?divis?o entre brancos e negros
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O footing, tradicional durante a d?cada de 50, na Rua Halfeld, j? foi tema
de uma de nossas cr?nicas. As idas e vindas dos mo?os e rapazes acabaram em
namoros s?rios e casamentos. Mas, por incr?vel que pare?a, 60 anos ap?s a
aboli??o da escravatura, resqu?cios do preconceito entre brancos e negros
ainda persistiam em Juiz de Fora. O footing era dividido em duas partes.
Entre a Avenida Rio Branco e a Rua Batista de Oliveira, s? ficavam os
brancos. Dali para baixo, incluindo Pra?a da
Esta??o (foto), ficavam os negros
que, al?m de passear pela rua, se divertiam em dois clubes exclusivos: o
Quem pode, pode, na esquina da Rua Halfeld com a Batista de Oliveira, e o
Elite Clube, um pouco abaixo da Avenida Get?lio Vargas. N?o havia nenhuma
animosidade e, mesmo se um fosse ao territ?rio do outro, n?o era mal
recebido. A separa??o era consensual. Mais tarde, o footing se transferiu
para a Avenida Rio Branco, onde foi perdendo suas caracter?sticas, at? se
extinguir totalmente, ficando apenas na lembran?a daqueles que foram
personagens deste cen?rio.
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Companhia Uni?o Ind?stria
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A Companhia Uni?o Ind?stria n?o foi respons?vel apenas pela constru??o da
primeira rodovia do Brasil, ligando o Rio a Minas Gerais. O Largo do
Riachuelo e os bairros da Gl?ria e Mariano
Proc?pio nasceram a partir da
implanta??o da empresa na cidade, em 1850. O Largo do Riachuelo, por
exemplo, j? se chamou Pra?a da Uni?o Ind?stria, em homenagem ? companhia que
se instalou no chamado Vilagem, hoje Rua Bernardo Mascarenhas. O Mariano
Proc?pio era chamado o bairro da companhia e a regi?o da Gl?ria, o Morro da
Gratid?o. O local era inabitado, at? que o comendador Mariano Proc?pio
resolveu adquirir as terras dos herdeiros de Ant?nio Dias Tostes. A cidade
ia apenas do Bom Pastor, chamado de Lama?al, at? o Largo do Riachuelo. Com a
chegada dos colonos alem?es que vieram trabalhar na companhia, um n?cleo
populacional come?ou a se formar na ?rea. O Col?gio Santa Catarina, a Igreja
da Gl?ria e v?rias outras institui?es foram criadas para atender aos
alem?es, que seguindo os passos de Fernando Halfeld, escolheram Juiz de Fora
como sua terra.
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Alves J?nior
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Alicate pode ter outro significado, al?m de ser uma simples ferramenta. Um
exemplo ? o Alicate, jornal editado pelo saudoso Alves J?nior. Filho de um
modesto pedreiro, ele come?ou a vida como tip?grafo, mas logo se tornou um
jornalista. Conhecido como namorador, certa vez, acabou arranjando uma
namorada em Mar de Espanha, largou o Alicate, a noiva que tinha em Juiz de
Fora e foi para a terra de lapida??o de diamantes. Em 1929, voltou para a
Manchester Mineira e come?ou a trabalhar no Correio de Minas, de propriedade
do Coronel Severiano Costa, onde ganhava 200 r?is por m?s. Depois da
Revolu??o de 30, ele fundou a Folha de Minas, mas, em 32, foi obrigado a
fugir para S?o Jos? das tr?s Ilhas, por ter apoiado a Revolu??o
Constitucionalista. Passada a crise, retornou para Juiz de Fora e, por causa
da vida de bo?mio, acabou em um sanat?rio em Belo Horizonte, onde morreu. Durante o tempo em que esteve, de certa forma, internado, n?o abandonou as
mulheres e a poesia. Em 1956, a escritora Cleonice Rainho reuniu seus versos
em um livro. O poeta acabou eternizado numa das ruas do Bairro Centen?rio,
que leva o seu nome.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet
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