Juiz de Fora 150 anos em um minuto:
Os fatos e personalidades que constru?ram a hist?ria da cidade.
Novas cr?nicas todos os dias, de segunda a sexta.
Uma iniciativa da R?dio FM Itatiaia e do JFService
23/05/2000
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A hist?ria da pintura em Juiz de Fora
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A hist?ria da pintura em Juiz de Fora est? diretamente ligada ao artista
Jos? Maria y Villaronga. Considerado por alguns historiadores como o
primeiro pintor que surgiu na cidade, no final do s?culo passado, ele teria
sido o respons?vel pela fachada e pela decora??o da capela Senhor dos
Passos. Al?m disso, o artista teria realizado a cenografia dos bastidores
do Teatro Miseric?rdia e a pintura do Palacete Vale Amado, posteriormente
sede do chamado Grupos Centrais, na Avenida Rio Branco esquina com
Braz
Bernardino. Natural de Barcelona, na Espanha, deixou seu pa?s por quest?es
pol?ticas, refugiando-se na Holanda, de onde saiu em dire??o ao Brasil.
Apesar de ter se casado em Valen?a, estado do Rio de Janeiro, e de ter tido
dois filhos, deixou a fam?lia nessa cidade e iniciou uma verdadeira
peregrina??o pelo Vale do Para?ba. Infelizmente, das tr?s obras que
produziu em Juiz de Fora, nada restou para ser apreciado. A estadia dele
na cidade ? calculada em 1860, j? que o palacete Vale Amado j? estava
devidamente pronto para ser ofertado a Dom Pedro II, quando este
visitou o munic?pio em 1861. As constantes reformas no pr?dio e tamb?m na
Capela dos Passos acabaram com a obra de Villaronga.
A fren?tica Avenida Get?lio Vargas guarda edif?cios de valor hist?rico para Juiz de Fora e ? uma das vias mais ricas da cidade nestes 150 anos.
Est?o l? o pr?dio de antigas f?bricas, como a Bernardo Mascarenhas, Avenida Get?lio Vargas, 200, a dos Surerus
e a Pantaleone Arcuri. Tamb?m na correria do dia-a-dia passa despercebido o
edif?cio do primeiro Banco de Cr?dito Real de Minas Gerais, o pr?dio do
Diret?rio Central dos Estudantes, al?m de outras importantes constru?es. O
trecho de 800 metros j? se chamou Rua do Imperador at? a Proclama??o da
Rep?blica, quando seu nome passou a 15 de Novembro. Sempre ligada ? hist?ria
de oper?rios e do com?rcio, era l? que se divertiam muitos juizforanos no
Cine Theatro Popular, criado em 1927, por Jo?o Carri?o. O nome do
ex-presidente do Brasil, Get?lio Vargas, foi dado ? avenida em forma de
gratid?o, segundo os historiadores, j? que Get?lio vinha muito a Juiz de
Fora, onde tinha v?rios amigos, e foi respons?vel pelas obras que acabaram
com as enchentes do Rio Paraibuna. Em outras cidades, tamb?m existem ruas
com o nome do ex-presidente, mas a maioria por imposi??o da ?poca da
Ditadura de Vargas.
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O Jornal Sete
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No ano de 1970, um seman?rio come?ou a ser editado em Juiz de Fora pelos
jornalistas Jos? Carlos de Lery Guimar?es, Ivanir Yasbeck e Marcos
Cremonese. Era o "Jornal Sete". Em formato tabl?ide, o seman?io tinha uma
linguagem editorial e uma imagem gr?fica modernas. Nesta ?poca, a cidade j?
tinha dois poderosos jornais: o Di?rio Mercantil e o Di?rio da Tarde. Ao
contr?rio destes ?rg?os, sempre de bem com o poder, o Jornal Sete n?o era um
ve?culo ligado ?s informa?es oficiais. N?o media palavras, nem cr?ticas.
Por causa disso, o cerco econ?mico foi se fechando e os anunciantes ficando
cada vez mais escassos. A fal?ncia do seman?rio veio em seis meses, no
vig?simo n?mero. Juiz de Fora perdia a irrever?ncia do Jornal Sete que, em
seus exemplares, dava espa?o para belos rostos de garotas, para o humor e
ainda para not?cias imposs?veis de acontecer, como as manchetes: "Sinatra
aceita vir cantar em Juiz de Fora", "Tupi compra Tost?o" e "Tio Patinhas
morre esquecido". O jornal se fechou, mas marcou pela ousadia e coragem em
plena ditadura militar.
Cr?ditos:
Texto e ?udio - Equipe de Jornalismo R?dio FM Itatiaia JF
Edi??o Internet e recursos digitais - Equipe JFService / ArtNet
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