Mercado est? em busca de engenheiros Nos tr?s ?ltimos o pre?o dos im?veis ficaram estagnados. Mas, de uns tempos para c?, o valor dos im?veis subiu cerca de 20% e o mercado alavancou
Rep?rter
10/12/07
O an?ncio do Programa de Acelera??o do Crescimento (PAC) pelo Governo Federal, a queda dos juros, a facilidade em obter cr?dito, algumas constru?es grandes, o an?ncio de investimento por grandes empresas na cidade e a compra de terrenos por elas s?o fatores que t?m gerado uma expectativa muito grande com rela??o ao mercado da constru??o civil, segundo o presidente do Sindicato das Ind?strias da Constru??o Civil (Sinduscon JF), Leomar Delgado.
"N?o acho que ? o mercado que est? crescendo. O que acontece ? uma agita??o das empresas do ramo, mais at? do que dos compradores. A melhoria na economia do pa?s tamb?m proporcionou ? constru??o civil uma perspectiva muito boa. O setor estava muito lento e agora houve uma recupera??o no pre?o dos im?veis. Eles estavam sendo
comercializados a pre?o de custo"
, diz ele.
Apesar de todos estes acontecimentos positivos, Leomar diz que ? preciso ter cautela (veja o v?deo).
"Digo que os empres?rios n?o devem ficar muito euf?ricos, apesar de o momento ser
prop?cio para o setor. Os tr?s ?ltimos anos foram muito ruins e os pre?os ficaram estagnados.
S? neste ano, o pre?o dos im?veis subiu cerca de 20%, mas para que a constru??o compense,
ainda precisa subir mais"
, alerta.
O diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), J?lio Teixeira, diz que durante o per?odo de estagna??o, a cidade demandou poucos engenheiros e muitos deles foram para o interior de S?o Paulo, para o Tocantins e para o Nordeste.
"Agora, o mercado est? demandando mais profissionais. Os rec?m-formados est?o podendo escolher entre duas ou tr?s ofertas de trabalho. As empresas est?o colando cartazes aqui na Faculdade
a procura de profissionais. Tivemos um crescimento nacional em torno de 9% este ano para
o setor e acho que os pr?ximos cinco anos v?o ser muito melhores que os ?ltimos 20"
,
diz o professor.
O presidente do Sinduscon JF, diz que o ponto mais baixo do setor foi em 2004. Nesta ?poca, a m?o-de-obra que estava dispon?vel na cidade migrou para outros locais em busca de trabalho. "A quest?o da falta de m?o-de-obra vai ser resolvida naturalmente.
Hoje, s?o cerca de oito a dez mil profissionais na ?rea da constru??o civil e a demanda por profissionais vai ser resolvida quando os trabalhadores que sa?ram daqui come?arem a retornar. A escassez n?o ? aguda e nem duradoura"
, garante.
Segundo o professor J?lio, o mercado vive uma falta de im?veis. "Este crescimento n?o ? apenas
um sopro. ? um crescimento sustent?vel, pelo menos, por cinco anos. Estamos vivendo uma car?ncia gigantesca de im?veis e tivemos uma valoriza??o de 20% esse ano. Sete empresas da constru??o civil vieram para a cidade e h? muitas constru?es de hospitais, shoppings e tamb?m de infra-estrutura em ?reas paup?rrimas. Isso tudo demanda engenharia"
, diz J?lio.
Influ?ncia em outras ?reas
O professor diz que a boa perspectiva para o mercado da constru??o civil vai influenciar
outras ?reas, como a de telecomunica?es, transfer?ncia de dados e limpeza.
"Al?m disso, existe uma perspectiva boa para a engenharia el?trica, mec?nica,
ambiental, computacional, de energia, de produ??o e para a arquitetura. A engenharia civil ? um setor imenso, que vai desde a produ??o de cimento at? a obra acabada. A demanda ? por engenheiros para obras, mas tamb?m para a ind?stria"
, afirma ele.
Os estudantes e candidatos ao vestibular tamb?m j? perceberam a perspectiva para
o setor. O n?mero de candidatos por vaga na UFJF aumentou muito do ano passado para este.
"Para o vestibular 2007 foram quatro candidatos por vaga e para o concurso de 2008 j? s?o 9,2"
, acrescenta J?lio.
Investimento
O mercado imobili?rio ? movido a confian?a e ? um investimento a longo prazo. ? o que
diz o economista Guilherme Ventura. "O Brasil est? crescendo,
os juros est?o caindo e as pessoas modificando o tipo de investimento. A tend?ncia ?
a valoriza??o dos ativos imobili?rios para o futuro"
. E isso ?
refor?ado pelo cr?dito imobili?rio, que, segundo o economista, est? tomando uma din?mica
forte, com crescimento de 70% neste ano. Segundo o professor J?lio, foram R$ 19 bilh?es para o cr?dito habitacional em 2007.
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