Sete influenciadores de Juiz de Fora tiveram a prisão em flagrante decretadas e permanecem detidos no presídio de Matias Barbosa. O grupo foi preso durante a Operação 'Provérbios 16:18', realizada na última quarta-feira (29). Os envolvidos respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens direitos ou valores; crimes contra a Administração, lavagem e ocultação de bens, Direitos ou valores oriundos de corrupção, crime de promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa e, ainda, pelas contravenções de loteria não autorizada e jogos de azar. 

Além do influencer Wesley da Silva Alves, estão entre os presos: Edmar Reifer Caetano, Eduardo Campos Rodrigues, Rafael da Silva Alves Pereira, João Victor Andrade Silva, Pablo Juan de Oliveira André e Ayrton Franklin Silva Rosa. Nos perfis, os investigados mantém fotos com carros e casas de luxo. Eles promoviam rifas de veículos e até de valores em dinheiro. Em uma das fotos, um dos envolvidos posa com uma maleta de dinheiro, em frente à uma agência da Caixa Econômica Federal no centro de Juiz de Fora. 

Segundo a Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil, a ação realizada na última semana também culminou na interdição de três estabelecimentos comerciais: duas distribuidoras de bebidas, uma no Bairro Teixeiras e outra no Bairro Fábrica e uma loja de roupas no Bairro Linhares. Foram apreendidos nesses três endereços 200 pacotes de cigarro, documentos, aparelhos celulares. Além desses materiais, foram recolhidos 22 veículos, entre motos, carros, motos aquáticas. Todo o valor do material arrecadado é estimado em R$3,5 milhões. Cinco entre os sete presos estavam em um veículo interceptado no caminho para Além Paraíba. Outros dois foram detidos durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão no endereço no Bairro Linhares. 

De acordo com o delegado Marcos Vignolo, integrante da Força Tarefa de Combate ao Crime Organizado em Juiz de Fora, bens como imóveis, veículos e até dinheiro em espécie eram rifados por meio de perfis em redes sociais. "Eles usavam as plataformas digitais para divulgar as rifas, identificamos vários indivíduos envolvidos. A organização fazia várias rifas em um curto período de tempo." Como detalhou o delegado, os premiados, muitas vezes, trocavam os bens por valores em dinheiro, quantias bem menores do que valor total dos bens sorteados . Situações que chamaram a atenção da Polícia.

"Uma movimentação financeira atípica e incompatível com o padrão de vida dos envolvidos. O que indicou a realização de lavagem de dinheiro e não a ação filantrópica que eles anunciavam", diz Vignolo. A abordagem dos envolvidos contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar.


Reprodução/ Redes sociais Ayrton Franklin - Uma dos sorteios realizados foi compartilhado no perfil de Ayrton, um dos investigados

Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!

COMENTÁRIOS: