Por meio de nota divulgada nesta segunda-feira (1º), o Consórcio Via JF disse que não há legitimidade em uma possível manifestação de cobradores que está agendada para esta terça-feira (2). 

A reportagem tenta contato com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte e Trânsito de Juiz de Fora (Sinttro) e aguarda retorno.

Em dezembro, uma frota de 108 novos ônibus chegou na cidade e o Consórcio anunciou a transição da função dos cobradores no serviço de transporte público.

Na ocasião, em nota, a Via JF explicou que a mudança foi uma decisão pensada nas transformações tecnológicas e operacionais que têm sido adotadas em diversas capitais do país.

"Ao observarmos a realidade de muitas capitais no país, notamos que a ausência da função de cobrador tornou-se uma prática comum e bem-sucedida. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília já passaram por essa transição, com resultados positivos tanto para as empresas de transporte quanto para os usuários".

Com a mudança, os cobradores deixarão de exercer a função, porém a Via JF afirma que eles não serão demitidos. Para isso, será realizada uma parceria com o Sest Senat, onde os colaboradores serão qualificados e realocados em novas funções dentro do contexto do transporte público.

"Essa parceria visa assegurar que esses colaboradores sejam capacitados e realocados em atividades mais estratégicas e que demandem maior qualificação, garantindo a manutenção de seus empregos", disse o consórcio.

FOTO: Divulgação - Nota Consórcio Via JF

Consórcio reafirma que não haverá demissões

Em nota nesta segunda-feira, a Via JF voltou a afirmar que mesmo que alguns carros circulem sem cobrados, os trabalhadores não serão demitidos.

“Foi assinado um acordo entre o Consórcio e o Sindicato dos Trabalhadores (Sinttro), onde há um plano de transição para automatização da cobrança, que está vinculado a um planejamento para a qualificação de quem atualmente trabalha como cobrador”, explicou o consórcio em nota.

A Via JF relata que neste plano está previsto a substituição por meio de qualificação para outras funções e, com isso, manter os postos de trabalho.

“Portanto informamos que qualquer manifestação que alegue o contrário disso, não passa de um movimento com propósitos escusos e duvidosos”, ressaltou.

“Repudiamos veementemente qualquer ação que comprometa a segurança e a qualidade do serviço prestado à comunidade. Não faz sentido haver um movimento como esse, com propósitos alheio a vontade da classe trabalhadora e com objetivo comprometer os serviços essenciais que oferecemos à população. Destacamos que a cláusula 57 do acordo coletivo de trabalho, devidamente registrado no Ministério do Trabalho, estabelece claramente as condições da transição dos cobradores, garantindo uma abordagem justa e transparente com todos”, finalizou a nota.

Trabalhadores retomaram manifestações 

Com faixas que pediam respeito, os trabalhadores voltaram às ruas e novamente chegaram a paralisar as atividades no Centro, pela manhã, chamando, novamente, a atenção da sociedade, para a discussão sobre a destinação que será dada à função dos cobradores. O protesto pedia que as pessoas lessem a Lei Orgânica do Município, no que toca sobre o Transporte Público, ressaltando que ele não pode ser um monopólio. 

FOTO: Reprodução Internet°/Ronaldo Chefão - Trabalhadores fizeram manifestação no Parque Halfeld, em frente à Câmara Municipal de Juiz de Fora

Via JF - Nova frota de ônibus chega a Juiz e Fora

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