Agu?ando os sentidos Projeto pioneiro em JF promove visita sensorial ao acervo do Museu Ferrovi?rio para pessoas com defici?ncia visual

Renata Cristina
Rep?rter
12/09/2006
A diretora do Museu Ferrovi?rio, Ana Marai Ribeiro, fala sobre a import?ncia da Visita Sensorial para a inclus?o de pessoas com defici?ncia visual nas atividades de cultura.



Imagine-se com vendas nos olhos e tocando alguns objetos. A proposta pode parecer inusitada, mas foi assim que os participantes do projeto Impress?es sobre o Trem se sentiram na manh? desta ter?a-feira, 12 de setembro. O professor de inform?tica, Fludualdo Talis de Paula, deficiente visual, apresentou ao p?blico o projeto pioneiro em Juiz de Fora, no qual permitir? que cegos conhe?am o acervo do museu atrav?s do toque de objetos.

Para mostrar a import?ncia da a??o, o professor sugeriu que os participantes vivenciassem a mesma situa??o que ele ao tocar em rel?gios e far?is de locomotivas, sinos, bustos de bronze e objetos da hist?ria ferrovi?ria brasileira. Para isso, durante a din?mica, o p?blico vendou os olhos e contou com a ajuda de um guia do museu.

Quem aceitou a proposta, se surpreendeu com o resultado. A professora de artes Maria Aparecida Moreira (foto acima ? esquerda - locomotiva) diz que lembrou-se das dificuldades enfrentadas por uma tia com defici?ncia visual. "Apesar da inseguran?a, eu ainda tinha a chance de retirar as vendas", comenta.

A guia do museu, Aline Rocha Nery (foto acima ? esquerda - quadro vermelho) , achou que o passeio seria sem gra?a, j? que conhece muito bem cada sala do museu. "Foi surpreendente. Logo meus passos ficaram curtos e as m?os sempre postas. Al?m do mais, ? muito dif?cil confiar no outro", ressalta.

O que os olhos n?o v?em
Para elaborar o projeto, a diretora do museu, Ana Maria Ribeiro de Oliveira (foto ao lado), consultou portadores de defic?ncia visual e relatou quais eram seus interesses diante das pe?as. "H? quatro anos, foi feita uma tentativa como essa e atrav?s dos relat?rios de visitantes, pudemos nos adequar ?s necessidades dessas pessoas", afirma.

O professor Fludualdo ficou respons?vel pela escolha dos objetos para o toque e elegeu a locomotiva, original do ano de 1913, como a sua favorita. "Essa ? uma oportunidade positiva em que podemos divulgar as quest?es da defici?ncia e quebrar as barreiras", ressaltou.

Segundo o guia Elias Sales, a participa??o de Fludualdo contribuiu para determinar aspectos importantes da visita, como a dura??o, locais interessantes e id?ias dispens?veis.

A visita ir? intercalar momentos l?dicos, com m?sica, declama??o de poemas, orienta??o dos guias e o toque nas pe?as do acervo. Para o melhor entendimento do p?blico, foram feitas legendas em braile com a descri??o de cada objeto e, ainda, a logomarca do pr?prio Museu foi reproduzida em alto relevo. De acordo com Ana, todas atividades permear?o o temas que envolvam a hist?ria da ferrovia.

Agenda
A din?mica serviu como uma pr?via para o lan?amento da Visita Sensorial ao Museu Ferrovi?rio que estar? dispon?vel a partir da pr?xima semana, no dia 19 de setembro. O agendamento pode ser feito de segunda a sexta, das 9 ?s 17h, atrav?s do telefone: (32) 3690-7055.

Para quem deseja participar das atividades do Museu relacionadas com o tema, haver? a exibi??o do filme Perfume de Mulher, nos dias 13/09 (quarta) e 14/09 (quinta), ?s 9h30 e 14h.

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