Homenagens merecidas
Grupo L?dica M?sica se apresenta no primeiro dia.
Ruy Guerra e ?der Santos foram homenageados

O roteiro ? um encontro do antigo e do novo. As ruas de pedra, as constru?es antigas dividem espa?o com telas, filmes, atores, diretores e muitos turistas. ? a Mostra de Cinema de Tiradentes, cuja hist?ria j? est? sendo contada pela nona vez. Com um elenco de atores e diretores importantes do cinema brasileiro, o evento faz a luz das produ?es interagir com o jeito simples de um povoado com mais de 300 anos de idade.

E embora o roteiro n?o seja novo, a cada ano ele traz uma novidade. Ali?s, v?rias novidades, as principais delas que estar?o nas telas do cinema brasileiro em 2006. Este ano, al?m de apresentar mais longas, curtas e v?deos, a mostra vem com maquiagem mais caprichada e figurino renovado. Tanto crescimento poss?vel e gra?as ao apoio de estatais, verbas p?blicas e leis de incentivo.

A estrela dessa vez foram os homenageados Ruy Guerra e ?der Santos. Foram para eles todos os holofotes e o foco da maioria das c?meras na primeira noite do evento, na ?ltima sexta-feira (20). O primeiro (foto ao lado), cineasta e n?o menos poeta, letrista, ator e diretor, nasceu em Mo?ambique, mas conseguiu se naturalizar na cabe?a daqueles que entendem o cinema brasileiro. Depois que veio para o pa?s, no long?nquo 1958, virou uma grande refer?ncia, e pe?a fundamental no processo de crescimento do cinema nacional. Desde seu cl?ssico "Os Cafajestes", com Norma Benghel, at? o nov?ssimo "O Veneno da Madrugada", que abriu as exibi?es na noite de sexta, foram 13 longas na carreira.

Ruy divide a cena e as luzes com ?der Santos, videoartista. A qualifica??o permite entender exatamente porque dizem que ele transformou o v?deo em arte no Brasil. Come?ou em 1980, virou refer?ncia. Ele, assim como Ruy Guerra, s? usou seu discurso para agradecer. Deixou os coment?rios e as impress?es para coletivas e outros eventos na continua??o do evento.


Na primeira noite da mostra, s? viu um filme quem resistiu at? 1h10 da manh?. Foi quando apagaram-se as luzes e encerrou-se a exibi??o de "O Veneno da Madrugada", uma adapta??o de obra de Gabriel Garc?a Marques. Dali, foram muitos para a Tenda Bar Show, para ouvir m?sica juizforana.

O L?dica M?sica contagiou o p?blico, mesclando temas pr?prios com composi?es famosas. Quem ficou, cantou e dan?ou muito. Antes, j? haviam ouvido uma palhinha, durante a abertura da mostra, quando o L?dica resolveu subir no palco de dentro do cine-tenda para homenagear Ruy Guerra, que tem parcerias importantes na composi??o de letras e m?sicas. A noite que come?ou com m?sicas antigas de uma banda dessas que sempre tocam em cidade pequena, terminou com a mais nova mpb brasileira.

Mas houve tamb?m quem resolveu fazer seu pr?prio som. Poderia ver quem andasse pelas ruas da cidade hist?rica e ouvisse m?sicas cantadas ou tocadas em cada bar, cheio, na festa que invadiu a madrugada.

Em Tiradentes ? assim: a estrela ? o cinema, mas a m?sica e o encontro total com a arte n?o s?o meros coadjunvantes.




Mat?ria escrita pelo rep?rter Ricardo Corr?a, em janeiro de 2006, na nona edi??o da Mostra de Tirandentes


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