500 aguardam na fila para transplante Cria??o do Comit? Regional Pr?-Doa??o de ?rg?os pode representar uma esperan?a para os cadastrados na regi?o

Renata Cristina
Rep?rter
27/04/2007

A Zona da Mata Mineira amarga em seu hist?rico n?meros contrastantes no que diz respeito ? doa??o de ?rg?os. Se por um lado, cerca de 500 pessoas aguardam por um transplante de rins e c?rneas, por outro, somente duas doa?es de ?rg?os foram realizadas este ano.

Em Juiz de Fora, as estat?sticas poderiam ser ainda mais alarmantes, se as cirurgias n?o ficassem restritas a rins e c?rneas, conforme o credenciamento dado a cinco hospitais pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Os dados s?o da Central de Notifica??o e Capta??o e Distribui??o de ?rg?os Regional Zona da Mata, (CNCDO-ZM), que, nesta quinta, dia 26, formalizou a cria??o do Comit? Regional Pr?-Doa??o de ?rg?os, visando promover pol?ticas de incentivo e a maior divulga??o sobre o tema.

"Acredito que a cria??o do Comit? seja um primeiro horizonte. Uma pessoa sozinha n?o consegue fazer muita coisa, mas com for?as unidas poderemos evoluir nesta quest?o", observa a vice-presidente do Conselho Municipal de Sa?de, Regina C?lia de Souza.

Equipe criadora do Comit? Pr? Doa??o Durante o encontro (foto), diversas dificuldades foram levantadas pela equipe da CNCDO, como a car?ncia de informa??o da sociedade e dos pr?prios trabalhadores da ?rea de sa?de, al?m da falta de aparelhagem, equipe m?dica e capacita??o dos profissionais. "? necess?ria a conscientiza??o de todos os setores da sociedade. Isto deve partir de n?s, profissionais, para se expandir em outros horizontes", acredita a assistente social, M?nica Daibert, que integra a equipe do CNCDO.

Ao final do debate, 28 institui?es e empresas aceitaram a convoca??o para participar do Comit?. "Ainda vamos realizar outros convites, de forma a deixar o grupo mais forte", afirma Cl?udia Lanna, tamb?m da equipe do CNCDO. A pr?xima reuni?o do Pr?-Doa??o de ?rg?os acontece no dia 24 de maio, ?s 16h, na sede do Conselho Municipal de Sa?de, que fica na Rua Batista de Oliveira 239, sala 402, Centro.

Mitos e verdades

Equipe criadora do Comit? Pr? Doa??o Ao contr?rio do que muita gente pensa, atualmente, no Brasil, nenhum documento deixado pelo falecido ? v?lido para a doa??o de ?rg?os. As carteiras de identidade com a declara??o "Sou doador de ?rg?os" n?o possuem nenhuma validade jur?dica. Por esse motivo, o primeiro passo para quem deseja doar ?rg?os ? comunicar a fam?lia sobre esse desejo.

Entre os tipos de doador, est?o os classificados como "vivos" e "falecidos". "Em Juiz de Fora, somente a segunda categoria ? realizada", explica M?nica. O doador vivo ? aquele que aceita doar os rins, parte do f?gado, m?dula ?ssea e pulm?o. Para estes casos, a lei prev? que "n?o parentes" s? podem doar ?rg?os por decis?o judicial. Em contrapartida, parentes at? quarto grau e c?njuges podem ser doadores, sem necessitar de autoriza??o pr?via.

Em geral, o doador falecido ? v?tima de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral) e tem morte encef?lica. O diagn?stico deste tipo de falecimento ? dado por dois m?dicos de diferentes ?reas, que examinam o paciente e fazem exames para comprovar o resultado.

Cora??o, pulm?o, f?gado, p?ncreas, intestino, rim, c?rnea, veia, ossos e at? o tend?o podem ser obtidos de um doador falecido. Ap?s a doa??o, n?o h? nenhum tipo de deforma??o no corpo do doador. "A retirada dos ?rg?os ? uma cirurgia como qualquer outra e o doador poder? ser velado normalmente", afirma M?nica Daibert.


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