Sexta-feira, 20 de julho de 2007, atualizada ?s 19h12

Mercedes-Benz tem produ??o paralisada em JF


Thiago Werneck
Colabora??o*

Os funcion?rios da Mercedes-Benz de Juiz de Fora cruzaram os bra?os nessa sexta-feira, dia 20 julho e v?o repetir o ato neste s?bado, dia 21. De acordo com o Sindicato dos Metal?rgicos todos os 1100 funcion?rios da empresa ficaram parados para reivindicar redu??o da jornada de trabalho, negocia??o de Participa??o nos Lucros e Resultados (PLR) e equipara??o salarial para cargos de mesma fun??o.

Os funcion?rios foram para o p?tio da empresa onde se reuniram durante todo expediente de trabalho, das 7h30 ?s 16h30. No s?bado, alguns devem levar a tamb?m integrantes da fam?lia para o p?tio da montadora. O sindicato promete a mesma reivindica??o durante todo o hor?rio de trabalho.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metal?rgicos de Juiz de Fora, Geraldo Werneck, o estopim da paralisa??o aconteceu quando a Mercedes deu por encerrada a negocia??o com os trabalhadores. "Eles simplesmente n?o avan?aram em nenhuma quest?o e de forma arrogante definiram que novas propostas s? seriam discutidas em 2008. N?o podemos admitir isso", declara.

De acordo com o Sindicato, a atual jornada de trabalho ? de 44 horas semanais e eles reivindicam que ela seja reduzida para 40 horas, para eliminar o trabalho nos s?bados. Eles ainda querem uma participa??o nos lucros, de R$ 4.500 em 2007, R$ 2.700 a mais do que no ano passado. Al?m disso, os sindicalistas pedem sal?rios iguais para os que exer?am os mesmos cargos.

Os trabalhadores aguardam at? o fim da manifesta??o de s?bado para decidir o futuro do movimento. Caso a empresa n?o reabra as negocia?es, os sindicalistas amea?am fazer greve e prometem manter jogo duro para conseguir serem atendidos. O sindicato ainda tem outra preocupa??o. "A empresa produz hoje oito mil ve?culos por ano e a meta ? aumentar esse n?mero para 38 mil em 2008. A pretens?o ? adicionar mais 18 s?bados de trabalho. N?o podemos admitir isso", afirma Geraldo Werneck.

A Mercedes-Benz se pronunciou atrav?s de sua assessoria de imprensa: "A negocia??o foi desenvolvida por quatro meses. A empresa possui o hist?rico de negocia?es em todo pa?s. Agora depende da outra parte". Questionados sobre que outra parte seria essa, e de que dependia a negocia??o, a assessoria n?o quis dar mais detalhes e informou que deixava seu recado entrelinhas.

Para Geraldo, esse ? o problema. "A empresa encerrou esses quatro meses de negocia??o de forma arbitr?ria e intransigente. Eles est?o mentindo para a imprensa. Houve negocia??o, mas nada ficou acordado. Os trabalhadores perceberam que estavam perdendo seus direitos, por isso o 100% de ades?o a paralisa??o e nada produzido nessa sexta e vamos repetir isto no s?bados", completa.

*Thiago Werneck ? estudante de Jornalismo na UFJF


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