Prefeitura renegocia folha de pagamento com bancos

Prefeitura renegocia folha de pagamento com bancos Medida ? uma das alternativas para arrecadar recursos e reequilibrar finan?as. Sem cortes e aumento da receita, d?ficit chegaria a R$ 54 milh?es

Depois de todos os cortes que podiam ser feitos, a venda de produtos da Prefeitura tem sido prioridade para reequilibrar as finan?as do munic?pio. H? um m?s liderando a administra??o p?blica de Juiz de Fora, o prefeito, Jos? Eduardo Ara?jo, convocou entrevista coletiva para falar do fluxo de caixa da Prefeitura e informou que o d?ficit poderia chegar a R$ 54 milh?es.

Segundo ele, o saldo negativo seria elevado a esse montante caso a Prefeitura mantivesse contratos, servi?os terceirizados e outras atividades que vinham sendo realizadas durante o ano. Ap?s v?rios cortes, o valor ? projetado em R$ 35 milh?es at? 31 de dezembro. Hoje, a casa tem R$ 10 milh?es em contas a pagar.

O secret?rio de receita e controle interno, Sebasti?o Schimidt Pinto (foto abaixo), explica que n?o se trata de n?meros fixos. Algumas negocia?es podem mudar o cen?rio e chegar ao fim do ano com as contas em dia. A expectativa ? de que impacto das medidas seja maior a partir de agosto.

Ap?s uma rodada de conversas com todos os secret?rios com o objetivo de enxugar custos, Ara?jo diz que foi necess?rio fazer uma reengenharia na casa. "N?o ? apenas corte, mas um formato de intelig?ncia financeira", defende. O prefeito explica que a prioridade ? manter a folha de pagamento em dia e assegurar que obras em andamento, como a constru??o do Est?dio Jornalista Ant?nio Marcos mantenham-se em atividade.

Ele ressalta que a parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora foi essencial para manter o projeto e que outros modelos de conv?nio est?o sendo estudados para tirar do papel o restaurante popular e a revitaliza??o do Rio Paraibuna. Uma das estrat?gias ? a conversa que pretende ter com o governador, A?cio Neves, no dia 30 de julho. "Vou pedir a ele para vir mais a Juiz de Fora", avisa.

Em busca de receita

A conta de fornecedores e a folha de pagamento dos funcion?rios, al?m do caixa da Prefeitura e das administra?es indiretas est? sendo negociada com o Banco do Brasil, a Caixa Econ?mica Federal, o Ita? e o Real.

Atualmente, o Ita? det?m este contrato, cuja recis?o estaria entorno de R$ 11 milh?es. O prefeito espera que o pr?prio Ita? melhore a proposta que tem hoje ou que outro banco ofere?a melhor neg?cio, cobrindo inclusive o valor da recis?o.

Outras medidas foram tomadas para ampliar a receita, como a emiss?o de cartas a quem est? em d?vida com a Prefeitura e a oferta de anistia no pagamento de impostos. Ara?jo n?o descarta tamb?m a revis?o do contrato com os permission?rios das linhas de ?nibus urbano, previsto para terminar somente em 2016.

Segundo o prefeito, ? preciso reavaliar a forma como o servi?o vem sendo prestado, pois a renova??o foi feita por decreto nas ?ltimas gest?es, sem abertura de concorr?ncia. Ele informou que as empresas de ?nibus prestam um bom servi?o, mas est?o devendo R$ 8 milh?es ao munic?pio.

Entre os contratos j? cancelados est?o os que a Prefeitura mantinha com uma locadora de ve?culos e com uma operadora de celular, permitindo a redu??o de cem para 12 aparelhos. Tamb?m foram eliminados alguns cargos comissionados e servi?os terceirizados que n?o fossem imprescind?veis.

Seguindo essa l?gica de gasto m?nimo, o prefeito diz que n?o h? dinheiro para o Miss Gay ou para a Rainbow Fest. "N?o ? que eu n?o queira a festa, mas n?o tem jeito. Dizem que isso rende R$ 7 milh?es para a cidade, mas isso n?o entra no caixa da Prefeitura." Como alternativa, ele pretende oferecer apoio, como a constru??o de passarela para o Miss Brasil Gay, e pediu ? Secretaria de Turismo para estudar a possibilidade de bancar os trios el?tricos do Rainbow Fest.

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