Radiação emitida pelas antenas de celular em JF é inferior ao índice permitido por lei municipal
* Colaboração
Um relatório elaborado pelas quatro empresas de telefonia celular que atuam em Juiz de Fora aponta que o índice de radiação não-ionizante emitido pelas antenas instaladas no município é inferior ao permitido pela Lei Municipal 11.045/05, de 4,35 watts/m² .
De acordo com o estudo, solicitado pela Comissão de Telefonia Celular da Câmara Municipal, o maior índice de radiação encontrado no município foi de 0,75 microwatts/cm², em uma estação no bairro Granbery. A assessoria de comunicação da Câmara informa que a medição foi feita em 82 estações de rádio-frequência, com resultados variados. O estudo não apresenta, contudo, um índice médio de radiação.
Estudo comparativo
Segundo o relator da comissão, vereador Isauro Calais (PMN), o levantamento feito pelas operadoras será analisado tecnicamente e comparado aos estudos solicitados à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e ao Centro de Ensino Superior (CES)."O resultado do levantamento das operadoras demonstra que a radiação está muito abaixo dos limites previstos pela lei municipal e pela Anatel, mas vamos compará-lo às medições requisitadas pela comissão à UFJF e ao CES para garantir que a colocação de novas antenas não seja prejudicial à saúde."
Acerca dos novos estudos, a assessoria da casa explica que, no caso do CES, a medição está pendente devido à falta de equipamentos. No entanto, a instituição de ensino estaria buscando parcerias com empresas privadas para empréstimo do material. Já no caso da UFJF, o levantamento será feito com equipamentos próprios.
Encaminhamentos
Na próxima quarta-feira, dia 13 de maio, a comissão se reúne novamente. Na ocasião, o professor da Faculdade de Engenharia da UFJF, Hélio Antônio da Silva, que foi convidado a prestar assessoria técnica ao grupo, deve informar se aceita ou não o convite.
Nos dias 18 e 19, Calais, José Fiorilo (PDT) e Júlio Gasparette (PMDB) viajam para Porto Alegre (RS), onde participarão do Seminário Internacional sobre Radiação Não Ionizante (RNI), a Saúde e o Ambiente.
A comissão tem até o dia 23 de maio para apresentar o relatório final. O prazo já foi prorrogado uma vez, mas, de acordo com Calais, a possibilidade de um novo pedido de extensão do prazo não é descartada.
* Patrícia Rossini é estudante de Comunicação Social da UFJF
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