Lixo hospitalar será retirado de galpão em Matias Barbosa a partir desta quarta-feira
Repórter
Está prevista para ter início na próxima quarta-feira, 14 de julho, a retirada dos resíduos hospitalares depositados de forma irregular em um galpão localizado na cidade de Matias Barbosa.
O material será removido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pelo laboratório farmacológico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Farmanguinhos, instituições responsáveis pelo lixo, que deveria ser incinerado. A ação de retirada será realizada a partir de uma representação apresentada pelos órgãos ambientais envolvidos ao Ministério Público (MP).
O local havia sido interditado, em fevereiro, pela Vigilância Sanitária do município, juntamente com os departamento de Meio Ambiente de Matias Barbosa e do Estado. No galpão, de responsabilidade da empresa Belmarve Soluções Ambientais Ltda., eram depositados resíduos sólidos provenientes das instituições de saúde. O material era coletado e transportado pela empresa Despoluir.
De acordo com o coordenador do Departamento de Meio Ambiente de Matias Barbosa, João Bosco Maia, o risco de contaminação era grande devido a uma série de irregularidades verificadas no local. "O galpão apresentava restos biológicos e ácido espalhados pelo chão." Diante da situação, foram acionados órgãos como as polícias Civil e Federal, a Promotoria de Justiça do município, a Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) Zona da Mata, a Polícia Militar de Meio Ambiente e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a fim de efetuarem vistorias e analisarem as condições do local.
Em março, as empresas Belmarve e Despoluir foram multadas em R$ 3.250 e R$ 23.002,30, respectivamente, pela Supram devido às irregularidades no armazenamento e no transporte dos resíduos sólidos de saúde.
Irregularidades
O galpão não possui câmara fria, equipamento utilizado para a estocagem de materiais biológicos, como restos humanos. Além disso, o lixo não era depositado de forma separada, como prevê a legislação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), os utensílios usados para acondicionamento do material apresentavam vazamento de substâncias, o caminhão que transportava o material não possuía refrigeração e funcionários não utilizavam Equipamento de Proteção Individual (EPI), demonstrando falta de segurança e higiene.
Em JF
No mês de abril, outro galpão, localizado no bairro Sagrado Coração, em Juiz de Fora, foi interditado pela Supram. Sem licença ambiental, o local funcionava como depósito irregular de lixo hospitalar. No espaço, foram encontradas seringas usadas, resíduo de material contaminado, frascos de remédio e material de radiologia. O lixo também é originário do Inca e do laboratório farmacológico da Fiocruz, Farmanguinhos, conforme o galpão interditado em Matias Barbosa.
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