Terça-feira, 11 de maio de 2010, atualizada às 11h57

Implantação da área azul noturna entra na pauta da comissão dos flanelinhas

Clecius Campos
Repórter

A possibilidade de implantação do estacionamento rotativo pago (área azul) noturno entrou na pauta da comissão que acompanha a questão dos guardadores de carro em Juiz de Fora. Durante reunião ocorrida na manhã desta terça-feira, 11 de maio, o grupo deliberou a apresentação do estudo para este fim no próximo encontro, no dia 25 de maio.

O chefe do Departamento de Fiscalização da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), Jorge Alfredo Franco Lima, afirma que serão necessários um mapeamento dos locais onde há presença de flanelinhas e uma verificação sobre a quantidade de vagas disponíveis.

Para auxiliar o estudo, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) fará um levantamento junto aos associados sobre a presença de guardadores de carros durante o funcionamento. "Informalmente sabemos que a grande maioria dos empresários reclamam dos flanelinhas. Alguns relatam a atividade até durante o dia", afirma o representante da Abrasel, Carlos Fernando Nepomuceno Garcia.

Lima aponta ainda possível dificuldade se os atuais guardadores forem utilizados na área azul noturna. "Caso seja implantada, haverá necessidade de uma licitação pública para gerir o serviço. O problema é o atrativo financeiro desse leilão, que pode ser prejudicado, caso a empresa não tenha interesse em utilizar a mão de obra do flanelinha, por ser uma figura ligada à marginalidade social."

O contrato com a atual gestora da área azul, a Sinart, acaba no final do ano. A secretária de Assistência Social (SAS), Silvana Barbosa, sugere a abertura de uma concorrência que contemple tanto o período diurno quanto o noturno. "Seria um pacote. Se a empresa não tiver retorno financeiro durante a noite, compensa durante o dia", opina.

No entanto, o aproveitamento dos flanelinhas só seria possível diante do cadastramento dos guardadores. Para isso, foi solicitada a apresentação da metodologia que originará o estudo da atividade na cidade. O documento, a cargo da SAS e da Associação Municipal de Apoio Comunitário (AMAC) será baseado em avaliação realizada no ano de 2002, quando um cadastramento dos flanelinhas foi iniciado em Juiz de Fora. "Na época foi feito um estudo preliminar, propondo ações e registrando os guardadores. Vamos resgatar essa metodologia e torná-la aplicável à realidade de hoje", informa a superintendente da AMAC, Maria José Sinhoroto.

 

Os textos são revisados por Madalena Fernandes

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