Sexta-feira, 21 de maio de 2010, atualizada às 19h30

Sindicatos esperam negociar possibilidade de não descontar dias parados em folha de pagamento

Aline Furtado
Repórter

Durante o segundo dia de paralisação dos servidores públicos municipais, nesta sexta-feira, 21 de maio, a expectativa é de que ainda haja negociação com relação à possibilidade de corte de ponto referente aos dias não trabalhados. Na última quinta-feira, dia 20, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) divulgou nota informando que, "por imposição da lei, os dias não trabalhados serão descontados na folha de pagamento."

"Esta é uma prática constante. Existe sempre a ameaça de desconto em folha, mas tenho certeza de que conseguiremos negociar", afirma o diretor administrativo do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu), Amarildo Romanazzi. Ele destaca que esta é uma forma de esvaziar o movimento grevista. "Mas não surte efeito como eles querem. Pelo contrário, a categoria se sente ainda mais motivada." Ele destaca que a adesão neste segundo dia de movimento foi maior do que no primeiro. "Pretendemos prosseguir com a paralisação até que a Prefeitura mude sua postura." A classe reivindica reajuste linear de 15% e o Executivo oferece aumento de 7%.

Segundo balanço da PJF, durante esta sexta-feira, 70% dos funcionários da Empresa Municipal da Pavimentação e Urbanização (Empav) paralisaram suas atividades. Na Secretaria de Obras (SO), o índice de adesão foi de 60%; na Educação, 76% dos profissionais paralisaram; já na Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra), 13% do quadro administrativo e 46% dos agentes de trânsito aderiram ao movimento. Na Saúde, nove Unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps) paralisaram totalmente as atividades, 13 paralisaram parcialmente e 22 tiveram atendimento normal. Nas unidades de atendimento à urgência e emergência, como o Hospital de Pronto Socorro (HPS), as Regionais Leste e Norte e o Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente, tiveram atendimento normal. Com relação à coleta de lixo, durante a manhã, seis veículos saíram às ruas.

Na tarde deste sábado, 22 de maio, reúnem-se com o titular da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH), Vítor Valverde, os representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro), Sindicatos dos Engenheiros (Senge), Sinserpu, Sindicato dos Médicos e os integrantes da Comissão de Finanças da Câmara, integrada pelos vereadores Flávio Checker (PT), Ana Rossignoli (PDT) e Rodrigo Mattos (PSDB). De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, trata-se de uma tentativa de avanço das negociações salariais.

Os textos são revisados por Madalena Fernandes

Enquete
Que setor é mais prejudicado com a paralisação dos servidores?
    Saúde
    Educação
    Coleta de lixo
    Andamento de obras

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