Áreas de risco são mapeadas em Juiz de Fora
Repórter
O mapeamento das áreas de risco, caracterizadas por possibilidade de escorregamentos e inundações, está em fase de finalização em Juiz de Fora. Posteriormente, as áreas serão classificadas de acordo com o grau de periculosidade e receberão monitoramento constante.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, major José Mendes da Silva, anteriormente, Juiz de Fora possuía 40 áreas de assentamento precário, que eram consideradas áreas de risco. Contudo, por se tratar de uma região montanhosa, outras áreas poderiam ser consideradas perigosas. "São locais de declive acentuado ou rebaixamento, que oferecem risco de escorregamento ou inundação."
Foram levantados vários pontos na cidade, com inclinações que vão de cinco a 90 graus. Silva afirma que a partir deste levantamento, todos os pontos serão visitados pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros. Os pontos mais críticos serão vistoriados e, a partir daí, será decidida qual medida será adotada."Cada caso será analisado isoladamente. Existem áreas, por exemplo, que não são habitadas, outras que precisam de remoção dos moradores. Não há como divulgar quais são esses pontos onde não serão realizadas vistorias."
O mapeamento durou dois meses. Pela primeira vez, a cidade terá um indicativo para todo o seu território, que soma 1.429 quilômetros quadrados. A precisão com que são apresentadas as rampas de declividade também aumentou, sendo que, agora, a leitura traz informações de metro em metro. Anteriormente, os dados eram gerados a cada 20 metros, o que, de acordo com o major, não permitia precisão nas informações.
Medidas
O coordenador da Defesa Civil informou ainda que o objetivo principal é fazer um acompanhamento das áreas levantadas como mais perigosas para que, no período de chuvas, não aconteçam surpresas. "Não querermos que aconteça aqui o que houve em Angra ou Niterói no início desse ano", ressalta.
Dependendo do local, as medidas tomadas podem variar. Em alguns casos, será feito o reflorestamento da área, em outros, a construção de muros de contenção. Já, ainda, casos em que será necessário remover famílias de suas residências. Contudo, tudo será avaliado durante as vistorias.
Orientações
Silva orienta a população que reside próximo a barrancos e encostas. Segundo ele, algumas medidas podem ser tomadas, de forma a aproveitar o período de seca, de forma preventiva.
- Observe se há trincas nas paredes. Nesse período elas ficam estáveis, porém, com as chuvas, podem aumentar, causando risco de desabamento;
- Não jogue lixo nas encostas;
- Verifique se há esgosto ou qualquer canalização rompida ou entupida.
Em qualquer desses casos, a Defesa Civil deve ser acionada para fazer vistoria no local.
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