Polícia Federal apresenta número de apreensões de drogas em JF na Câmara Municipal
Repórter
A Polícia Federal (PF) apresentou os números de apreensões de drogas e a característica do tráfico em Juiz de Fora, em reunião ocorrida na Câmara Municipal nesta quinta-feira, 25 de novembro. A reunião foi convocada pelo vereador presidente da Comissão Antidrogas, Noraldino Júnior (PSC), que tem interesse em aprovar o projeto de lei que delimita em 10 horas o período máximo de duração das festas na cidade. A intenção é impedir a realização de festas rave, que tem como principal característica a duração de até 24 horas.
Segundo dados da PF, o número de pontos de LSD apreendidos pelo órgão em 2010 é 20 vezes maior que o registrado em 2009. No ano passado, a apreensão foi de três pontos, neste ano, a quantidade apreendida foi de 61. Segundo o delegado da PF, Humberto de Mattos Brandão, toda essa quantidade foi apreendida em uma festa rave, ocorrida em meados de outubro. "Até aquele dia, estávamos com zero apreensões desse tipo de droga." O delegado regional da PF, Cláudio Nogueira, voltou a declarar aversão a realização das raves na cidade e pediu que o projeto fosse aprovado na Câmara. "Sou radicalmente contra a realização de raves em Juiz de Fora. Essas festas acabam sendo espaços para a liberação do consumo de drogas, mesmo que em menor escala. Peço ajuda para que possamos barrar esses eventos que duram tanto tempo." O projeto de autoria de Noraldino Júnior pode entrar na ordem do dia desta sexta-feira, 26 de novembro.
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O número de comprimidos de ecstasy apreendidos pela PF em 2010 até o momento (102) é oito vezes menor o registrado no ano passado (833). A razão seria uma queda da quantidade desse tipo de droga na cidade. Porém, segundo Brandão, tal quantidade do entorpecente foi apreendida em um único evento. "A preocupação tem fundamento." A apreensão de maconha na cidade também aumentou. Em 2009, foram 130 quilos apreendidos, enquanto em 2010, até o momento, 250 quilos. As operações envolvendo cocaína e crack em 2010 (20 quilos e 9 quilos, respectivamente) geraram apreensões menores que em 2009 (36 quilos e 45 quilos, respectivamente).
Além dos números, Brandão apresentou um breve panorama da droga em Juiz de Fora. Segundo ele, os entorpecentes que chegam à cidade são, normalmente destinados ao abastecimento interno. Eventualmente, Juiz de Fora é rota internacional ou mista da droga. "Pela posição geográfica, a droga que vem de Rondônia, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul passa por aqui e segue até os portos e aeroportos do Espírito Santo e do Rio de Janeiro. As rotas mistas ocorrem quando a droga vem do Paraguai, via Paraná." Segundo Brandão, a droga mais consumida em Juiz de Fora é a maconha.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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