Em greve, trabalhadores dos Correios protestam no Centro
*Colaboração
Os trabalhadores dos Correios em Juiz de Fora deflagraram greve nesta quarta-feira, 14 de setembro, por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicação Postal, Telegráfica e Similares de Juiz de Fora e região (Sintect/JF) existem aproximadamente 400 funcionários da empresa na cidade e a adesão, no momento, está em cerca de 65 trabalhadores.
Segundo presidente do Sintect/JF, João Ricardo Guedes, a adesão dos trabalhadores está acima do esperado para o início do movimento. Ele explica que, com o movimento, é possível que haja uma alteração no serviço dos Correios. "O serviço já está comprometido sem a greve. Com ela, é possível que fique ainda mais. Infelizmente, foi a única forma que encontramos de fazer frente à empresa."
Na manhã desta quarta-feira, 14, o sindicato realizou um protesto em frente à agência dos Correios na rua Marechal e, no período da tarde, tentará paralisar o turno na agência da rua Espírito Santo. Guedes afirma que a negociação salarial com a empresa está emperrada. "Podemos dizer que ela não andou. Até o momento, a empresa não acenou com o acordo dentro do que pretendemos." A empresa estaria oferecendo reajuste de 6,8% e aumento linear de R$ 50 a ser pago a partir de janeiro de 2012. A proposta foi rejeitada e, dos 35 sindicatos dos trabalhadores nos Correios em todo o país, 34 aprovaram o movimento grevista.
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Guedes afirma que a categoria reivindica aumento real de salário de R$ 400, além da reposição da inflação entre agosto 2010 e julho de 2011, de 7,16%. Quer ainda a implantação de um piso salarial de R$ 1.635, o pagamento das perdas entre 1994 e 2002 de 24,76% e o reajuste do vale refeição de R$ 23 para R$ 30 e na cesta de R$ 130 para R$ 200. "Atualmente temos o pior salário das empresas estatais do país. Nosso piso é R$ 807", comenta o presidente do sindicato.
Correios
Em nota, os Correios afirmam que oferecem todas as condições necessárias para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2011/2012 e que a empresa tenta normalizar a situação, adotando medidas para garantir o atendimento à população, como contratação de recursos, realocação de pessoal, realização de horas extras e trabalho nos finais de semana.
*Victor Machado é estudante do 8º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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