Mais de 1.800 pessoas já se cadastraram no Minha Casa, Minha Vida 2 Cadastramento vai até o dia 9 de março, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, das 8h às 20h. A meta é construir 2.890 moradias

Victor Machado
Colaboração
28/2/2012
Cadastramento do Minha Casa, Minha Vida 2

Mais de 1.800 pessoas já se cadastraram na segunda edição do Programa Minha Casa, Minha Vida 2. O prazo de cadastramento vai até o dia 9 de março, das 8h às 20h, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, na avenida Getúlio Vargas 200, Centro. A meta da Prefeitura de Juiz de Fora é construir 2.890 moradias.

Para o agente de saúde Valdir Pinheiro da Silva, de 51 anos, que mora em uma casa cedida por parentes, o programa pode dar a tranquilidade de ter o próprio imóvel e ajudar a garantir o futuro dos quatro filhos. "A expectativa é grande. Não fui contemplado na primeira edição e espero que desta vez dê certo. A possibilidade de ter um bem que é meu gera muita expectativa."

A aposentada de 69 anos Lucy Alves da Silva também participou da primeira edição do programa e não foi contemplada. "Recebi uma carta e vim fazer o meu recadastramento. As casas são boas e confortáveis. Seria muito bom para poder morar com meu filho."

Os cadastrados na primeira edição só concorrerão à segunda edição do programa se fizerem o recadastramento. De acordo com o chefe de departamento da Escola de Governo Municipal, Luiz Fernando Sirimar, essas pessoas receberão uma carta informando a data, a hora, o local e os documentos necessários.

As pessoas que ainda não têm o cadastro devem comparecer ao CCBM em qualquer horário de atendimento e informar no cadastro a renda bruta, dependentes que residem com ela, e se é beneficiária do Bolsa Família. O teto de renda familiar mensal para ser atendido no programa, que era de R$ 1.395, agora é R$ 1.600.

O programa

Os moldes do sorteio da segunda edição do programa serão semelhantes aos da primeira. Ele será realizado em local público, mas ainda não há data prevista para ocorrer. Desta vez não haverá escolha prévia de empreendimento, só após o sorteio. Ainda não foi definida a quantidade de moradias destinadas aos habitantes de áreas de risco. Segundo o prefeito de Juiz de Fora, Custódio Mattos, essas famílias, assim como as atingidas por desastres naturais, têm preferência e não passam pelo sorteio. Na primeira edição, 281 famílias que estavam no aluguel social ou em ocupações regulares e 100 indicadas pela Defesa Civil foram contempladas sem precisar do sorteio.

Nesta edição, no mínimo 3% das casas devem ser destinadas a idosos a partir de 60 anos. O mesmo percentual também deve ser aplicado para pessoas com deficiência ou seus parentes diretos. O subsídio do governo pode chegar a 95% do valor do imóvel. As famílias contempladas deverão arcar com 10% da renda, com limite mínimo de R$ 50, por 120 meses. Nessa modalidade, o imóvel não poderá ser vendido antes de dez anos.

O Minha Casa, Minha Vida 2 prevê que mulheres separadas podem adquirir um imóvel sem outorga do cônjuge ou no caso em que não houve divórcio judicial. Essa modalidade é limitada a famílias com renda mensal de até R$ 1.395. Para Custódio, o programa é importante para ajudar a solucionar problemas sociais e urbanos. "Além do lado social de diminuir o déficit habitacional, existem os benefícios urbanos. Evita invasões em terrenos, moradias em locais de risco." O prefeito afirma que existem 1.216 locais já definidos e aprovados para o programa.

*Victor Machado é estudante do 8º período de Comunicação Social da Faculdade Estácio de Sá

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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