Pesquisadores da Embrapa paralisam atividades no dia 29. Há possibilidade de greve
Repórter
Filiados ao Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) estão perto de deflagrar greve em razão da falta de avanços na negociação da categoria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Nesta quinta-feira, 21 de junho, foram realizadas assembleias nos três núcleos que compõem a seção sindical da Embrapa Gado de Leite, Coronel Pacheco, Juiz de Fora e Valença, quando os pesquisadores votaram o encaminhamento da direção nacional do Sinpac aconselhando início de movimento grevista na próxima segunda-feira, 25. Mas a categoria optou por uma paralisação das atividades apenas no próximo dia 29.
"Mas vamos esperar as deliberações das outras 43 unidades da Embrapa no Brasil, que devem votar até amanhã [sexta-feira, 22]. Somente após os resultados de todas as seções é que iremos saber se haverá paralisação apenas no dia 29 ou greve a partir do dia 25", expôs o presidente da seção sindical da Embrapa Gado de Leite, Néio Lúcio Ramos.
Ele explica que a categoria busca reajuste salarial com ganho real de 5%, mas a Embrapa quer fazer apenas a correção da inflação entre maio de 2011 e abril de 2012, o que representa 5,10%. "Além disso, existem algumas cláusulas sociais que a Embrapa não aceita discutir, como a criação de banco de dados para a área de pesquisa e desenvolvimento, o que é extremamente importante. O pesquisador precisa ir para casa mesmo que tenha uma inspiração. Outro ponto é o café da manhã para os assistentes que trabalham em campo, que a Embrapa quer tirar do acordo. Essas situações tem minado a relação entre a categoria e a Embrapa", relata Ramos.
Ainda de acordo com Ramos, em caso de paralisação ou greve, a única atividade que seria realizada é a alimentação do plantel.
Os textos são revisados por Mariana Benicá
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