Polícia Federal prende mais um dos "Irmãos Metralha"
Traficante, de 27 anos, é considerado um dos mais perigosos de JF. Ele foi preso na manhã de terça-feira, enquanto recebia um carregamento de 56 quilos de maconha
A Polícia Federal (PF) anunciou, na manhã desta quarta-feira, 3 de julho, a prisão de um dos maiores traficantes de Juiz de Fora. O homem, de 27 anos, conhecido como "Gê", foi preso enquanto receptava um carregamento de 56 quilos de maconha. Ele foi identificado pela PF como sendo um dos "Irmãos Metralha".
O chefe da Delegacia de Polícia Federal de Juiz de Fora, Cláudio Dornelas, afirmou que o homem detido é um dos maiores traficantes da cidade. "A prisão dele é um grande ganho para toda a população de Juiz de Fora. Ele comanda o tráfico no São Benedito, e tem uma grande participação nos crimes que lá ocorrem. Ele foi preso às 10h30 de terça-feira (2), e confessou que realmente a droga era dele. Embora tenha sido apreendida apenas maconha, sabemos que ele também trafica cocaína e crack", afirma.
Segundo a apuração da Polícia Federal, os 56 quilos de maconha, divididos em 70 tabletes, foram comprados a R$ 1 mil o quilo. A estimativa é que, após processada, a droga rendesse mais de R$ 200 mil. Com o traficante, também foram apreendidos mais de R$ 1.200.
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Operação começou na segunda, com a prisão de um "mula"
A Operação foi desencadeada na noite de segunda-feira (1º), quando um homem, de 33 anos, que vinha de Campinas de um Fiat Strada, foi preso na BR-267, próximo à BR-040. A prisão contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. A partir do "mula", a PF monitorou a situação e chegou ao traficante, receptador da mercadoria.
"Mais uma vez, constatamos a rota vindo de São Paulo para abastecer a cidade de Juiz de Fora. Após prender o 'mula', ficamos por quase 20 horas esperando para prender o destinatário. Em termos de importância, comparo esta prisão com a do Bozó, ocorrida em agosto de 2012. Vamos seguir com as investigações, priorizando sempre os grupos criminosos, pessoas que estão distribuindo a droga", afirma Dornelas. Tanto o "mula" quanto Gê foram lavados ao Ceresp, presos por tráfico e associação ao tráfico.
A ideia, agora, é transferir o "irmão metralha" para a Penitenciária de Segurança Máxima, em Contagem. "Não queremos mantê-lo em Juiz de Fora, para que não crie ainda mais raízes. Ele é um indivíduo muito bem articulado, que tem vasto conhecimento do mundo do crime em JF. Sabemos que trata-se de pessoas que têm uma estrutura muito grande. São empresários do crime, com alto padrão de vida. É alguém que deveria ficar atrás das grades por muito tempo. Ele chegou a ser preso em 2008, durante a 'Operação Metralha', mas estava novamente nas ruas. Desde aquela época, estamos tentando desarticular a quadrilha. Eles têm continuado porque quem julga é a Justiça. Nossa função é prender", finaliza o delegado.
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