Sexta-feira, 18 de julho de 2014, atualizada às 09h53

Taxistas denunciam permissionários que atuam de forma irregular em JF

camara

Um documento que relata irregularidades entre permissionários do serviço de táxi de Juiz de Fora foi entregue à Comissão de Urbanismo, Transporte, Trânsito e Meio Ambiente e Acessibilidade da Câmara Municipal na tarde da última quinta-feira, 17 de julho. O levantamento aponta que, das 424 permissões concedidas na última licitação, cerca de 200 titulares não atuam na função. O último processo licitatório ocorreu em 2009.

Os diretores Sindicato dos Taxistas Auxiliares apresentaram o laudo com dados preliminares colhidos junto à Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) e profissionais. Eles também alegaram que muitos usam laranjas para transferência da permissão e não trabalham nos veículos. A situação de cada um foi discriminada no documento.

Durante a reunião, foi sugerido o uso do taxímetro biométrico, equipamento lacrado pelo Inmetro, como única forma de coibir o prosseguimento das irregularidades. O taxímetro só é acionado após leitura da impressão digital cadastrada do operador do veículo. O equipamento gera relatório e armazena informações, como quem esta trabalhando, tempo de cada corrida e número das realizadas.

Comissões irão agir de forma integrada

O presidente da Comissão, Zé Marcio (PV) se comprometeu em formalizar o processo de averiguação. O vereador Jucelio Maria (PSB) adiantou que a Comissão de Direitos Humanos participará dos trabalhos.

Ainda na reunião, foi enfatizada a necessidade de retomada do emprego dos demitidos, após a Audiência Pública realizada do dia 9 de julho. O presidente do Sindicato, Marcus Costa, o primeiro secretário, Geraldo José da Silva, e o segundo secretário, Júlio Maria Aragão Oliveira foram dispensados após o evento. As retaliações prosseguiram com a demissão de um profissional que manifestou apoio à diretoria.

Desde janeiro, os sindicalistas vinham participando de discussões na Settra sobre ajustes na legislação atual, mas foram informados que a Procuradoria Geral do Município orientou a elaboração de nova lei, o que leva os estudos à estaca zero. "Não queremos revogar placas e sim implementar normas de controle. Sabemos que o táxi é meio de vida de muitos trabalhadores. Há casos e casos," disse Marcus Costa. Ele deixou clara a necessidade de checagem dos dados repassados, adiantando que alguns foram coletados nas ruas.

Com informações da Câmara Municipal de Juiz de Fora

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